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(Foto: PAULO WHITAKER/REUTERS)

O clima de tensão e incerteza cresce entre os grupos bolsonaristas em meio à convocação para o ato deste domingo (25) em São Paulo. Apesar dos apelos de Jair Bolsonaro (PL) para evitar cartazes ou alvos específicos, mensagens carregadas de teorias da conspiração e linguagem violenta continuam a circular em grupos públicos, relata a Folha de S. Paulo.

Um levantamento conduzido pela empresa de tecnologia Palver revelou um aumento no compartilhamento de mensagens com tom alarmante após a operação da Polícia Federal em 8 de fevereiro, que mirou Bolsonaro e aliados em relação a uma suposta trama golpista. Esses conteúdos inflamados, no entanto, não fazem menção direta ao protesto marcado para o dia 25 e já vinham sendo disseminados anteriormente nos grupos. >>> “Se ele falar um ‘ai’ do Supremo, vai preso”, diz ministro sobre ato convocado por Bolsonaro para o domingo

Mensagens mencionando Bolsonaro e evocando termos como “guerra civil” ou “revolução” ganharam destaque após a ordem de apreensão do passaporte do ex-ocupante do Palácio do Planalto. O texto ainda afirma que “ninguém sairá de dentro do Congresso até que todos sejam presos” e que “ninguém nos deterá”. Ao final, cobra “providências contra esses abusos de autoridades do STF” e diz que “isso não vai continuar assim”. Em um exemplo citado, uma mensagem declara que “estão inventando uma prisão a qualquer custo para Bolsonaro” e adverte para uma possível guerra civil, convocando ações radicais contra as autoridades.

Outras mensagens compartilhadas incluem teorias da conspiração, como a alegação de que o PT teria ordenado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassar mandatos e tornar inelegíveis os deputados do PL. Esses conteúdos também instigam os seguidores a se mobilizarem em defesa de Bolsonaro, sob ameaça de uma alegada perseguição das instituições.

Além disso, áudios atribuídos a indivíduos ligados ao Exército circulam nos grupos, alimentando o clima de apreensão ao sugerir que o Brasil estaria em alerta e insinuando a iminência de uma crise de proporções graves.

Outras fake news também circulam, como a alegação de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente argentino, Javier Milei, estariam presentes no evento.

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