Do Nocaute – Em sua coluna semanal, o ex-chanceler Celso Amorim fala sobre a posição do governo Bolsonaro diante das pressões de Washington para derrubar o governo eleito de Nicolás Maduro: “Eu vejo com muita preocupação essa atitude irrefletida do Brasil em apoiar uma mudança de regime na Venezuela inspirada por Washington. É uma situação que tem ramificações para a geopolítica mundial. Portanto, não vai ser acomodada com rapidez e facilidade”.
Confira o vídeo e leia abaixo reportagem da agência Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) – A operação de entrega de ajuda humanitária à Venezuela através da fronteira brasileira está mantida para este sábado e serão feitas várias tentativas nos próximos dias, se não houver possibilidade de cruzar a fronteira de uma vez, disse nesta sexta-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
De acordo com informações do governo brasileiro, um caminhão venezuelano já está em Boa Vista e outros quatro estariam chegando nesta sexta, para que a operação seja iniciada no sábado.
“As doações serão transferidas por caminhões venezuelanos até a Venezuela. Os que não conseguirem entrar retornarão a Boa Vista para uma nova tentativa”, disse o porta-voz.
Durante a tarde desta sexta, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião do Gabinete de Crise para analisar a situação na fronteira depois das informações de que conflitos do lado venezuelano teriam causado mortos e feridos. Apesar da preocupação com os riscos, a decisão foi de manter a operação como planejado.
Rêgo Barros, no entanto, reafirmou que a operação brasileira irá apenas até a fronteira entre Pacaraima e Santa Elena do Uairén.
“O limite da nossa ação é na linha de fronteira, pela questão da segurança do comboio. Entrando no território venezuelano a responsabilidade de prover segurança é do presidente Guaidó”, disse Rêgo Barros, referindo-se ao autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Questionado qual seria a reação do Brasil em casa de alguma agressão venezuelana, o porta-voz disse que o governo não trabalha com esse cenário.
“Queremos reforçar que a operação brasileira tem caráter exclusivamente de ajuda humanitária, não havendo qualquer interesse do nosso país no emprego de qualquer outra frente neste momento”, disse Rêgo Barros.
Em evento em Brasília, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, esclareceu que “o Brasil não vai fazer nenhuma ação agressiva contra a Venezuela, porque é contra a Constituição e não é nosso pensamento”.
“Nós queremos que a situação se resolva da melhor forma possível”, disse Heleno.
De acordo com dados do governo brasileiro, estão prontas para embarcar em Boa Vista 200 toneladas de alimentos —incluindo arroz, feijão, sal açúcar, café, entre outros não perecíveis, e kits de medicamentos—, com doações brasileiras e de outros países, principalmente dos Estados Unidos.
Na quinta-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou o fechamento da fronteira com o Brasil para impedir a passagem dos comboios de ajuda humanitária.
Nesta sexta, militares venezuelanos abriram fogo contra membros de uma comunidade indígena que tentavam manter a fronteira aberta em uma região a cerca de 70 quilômetros de Pacaraima, causando duas mortes e 12 pessoas feridas, de acordo com informações repassadas pelo porta-voz.
Apesar do risco de violência, a operação será mantida, mas a decisão de hora da partida e a avaliação de segurança em Pacaraima será feita pela operação local das Forças Armadas brasileiras com os venezuelanos, disse Rêgo Barros.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo —que nesta sexta esteve em Cúcuta, na fronteira da Colômbia com a Venezuela— irá no sábado a Roraima para se encontrar com a representante diplomática de Guaidó no Brasil, María Belandria. No domingo, o vice-presidente, Hamilton Mourão, irá para Bogotá, para uma reunião emergencial do Grupo de Lima no dia seguinte.
DESABASTECIMENTO
O governo também decidiu enviar para Roraima 80 caminhões de óleo diesel para abastecer uma termelétrica e tentar evitar o risco de apagão na região. Roraima é o único Estado não conectado a rede nacional de energia elétrica e é sustentada por energia produzida a vendida pela Venezuela.“Estamos acompanhando (o risco de apagão) e decidimos nos antecipar a isso”, disse Rêgo Barros.
Também há planos de enviar combustível para veículos ao Estado, já que boa parte da população de Roraima costuma cruzar a fronteira para se abastecer na Venezuela, devido à enorme diferença de preço de combustível entre os dois países.
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