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Militares do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejavam incluir um promotor no chamado “gabinete do golpe” e criar um braço estratégico para monitorar decisões do Congresso Nacional, buscando apoio político para um decreto de ruptura. A informação foi divulgada pelo Estadão.
O plano, intitulado pelos golpistas de Punhal Verde e Amarelo, detalhava estratégias para “influenciar a opinião pública” e “controlar” as comunicações do governo, evitando, segundo o documento, “ilações que desinformassem a população.”
O gabinete seria composto por cinco generais e onze coronéis, com a missão de “pacificar” o país após o golpe, que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os generais que liderariam a cúpula do gabinete estavam Mário Fernandes, Augusto Heleno e Braga Netto, todos indiciados pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 21, por envolvimento na tentativa de golpe articulada no governo Bolsonaro. A PF acusa Bolsonaro, 11 aliados e 25 militares de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e formação de organização criminosa.
O gabinete
A estrutura do “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” foi planejada pelo general de Brigada reformado Mário Fernandes, que atuava como secretário-executivo da Presidência durante a gestão de Bolsonaro.
Esse gabinete teria como objetivo “monitorar” decisões do Congresso Nacional e garantir “o máximo de apoio parlamentar” para legitimar o golpe. Fernandes também sugeriu envolver órgãos como a Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos, a Advocacia Geral da União e até mesmo um promotor do Ministério Público Militar.
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O promotor Nelson Lacava Filho, cujo nome apareceu no documento do gabinete, expressou “absoluta perplexidade e constrangimento” com a citação. “Jamais promovi qualquer ação em detrimento do Estado Democrático de Direito e, muito menos, quanto à vida de qualquer pessoa,” declarou ao Estadão.
O grupo golpista visava “estabelecer diretrizes estratégicas, de segurança e administrativas para o gerenciamento da crise institucional.” Essas diretrizes incluíam ações coordenadas com ministérios, articulação de apoio parlamentar para aprovar medidas políticas necessárias e implementação de ações previstas no possível decreto de golpe.
Outro objetivo era criar uma rede de inteligência que funcionasse como “gestor de informações, sensor e catalisador de conhecimentos de inteligência oriundos da coleta de informações das instituições e da população civil.”
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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