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Segundo o deputado Paulo Pimenta, “a ideia da impunidade corrói a democracia”

www.brasil247.com - Paulo Pimenta
Paulo Pimenta (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), membro do grupo de infraestrutura da equipe de transição do novo mandato de Lula (PT), participou do programa Giro das Onze, da TV 247, em que falou sobre a ação golpista de grupos bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições.

“Nós precisamos que o estado brasieiro identifique, responsabilize e adote medidas exemplares e pedagógicas contra aqueles que financiam e sustentam essa escalada de ódio e intolerância no Brasil”, defendeu o parlamentar.

Segundo Pimenta, “a ideia da impunidade corrói a democracia”. “A naturalização da violência, o que aconteceu em Nova Iorque com os juízes da Suprema Corte, atos de violência que tem acontecido pelo Brasil com a cumplicidade de agentes do estado, especialmente da área da segurança pública e setores militares, é intolerável com a democracia”, frisou.

Sobre o texto da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, que propõe deixar o Bolsa Família de fora do teto de gastos, entregue esta semana pelo Gabinete de Transição para apreciação do Congresso Nacional, Pimenta está otimista.

“O orçamento encaminhado pelo Bolsonaro é insuficiente para coisas elementares, entre elas, a garantia do auxílio emergencial de R$ 600, que foi uma proposta assumida tanto por Lula como por Bolsonaro na campanha eleitoral. A sociedade votou no Lula e no Bolsonaro sabendo que qualquer um dos dois eleitos cumpriria a promessa de garantir os R$ 600 a partir de janeiro”, destacou. 

Segundo o deputado, no orçamento encaminhado por Bolsonaro tem R$ 8 bilhões a menos para a área da saúde e cortes em diversas outras áreas fundamentais. 

“Não tem dinheiro para farmácia popular, vacinação obrigatória, não tem dinheiro para saúde indígena. Na educação, não tem dinheiro para merenda escolar. Não tem dinheiro para transporte escolar e tem R$ 3,5 bilhões a menos para as universidades e institutos federais”, afirmou.

O deputado destaca que o rombo não afeta somente os programas sociais, mas o funcionamento do estado. 

“Não tem como funcionar sem essa adequação”, defende. “A nossa proposta é de que a PEC resolva a questão do auxílio emergencial por quatro anos e definir a política de combate à fome como uma política de estado. Não é uma coisa que devemos discutir todos os anos”, disse.

O parlamentar rebateu as declarações do ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP), que afirmou que estender a validade da PEC da Transição para 4 anos é ‘usurpação de poder’ e ‘falta de critério democrático’.

“O Ciro Nogueira quer que a PEC trate só de um ano para obrigar o governo a todos os anos fazer uma negociação com o Congresso e com a oposição. A PEC terá que ser aprovada e será aprovada”, afirmou.

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