Coronel chegou a dizer que “Bolsonaro é um líder” e que, “independente do que aconteça, devemos respeitá-lo”
Oficiais da ativa do Exército têm utilizado as redes sociais em desconformidade com o que dita o manual da caserna, compartilhando publicações de caráter político-partidário.
Um dos mais ativos, segundo o UOL, é o coronel Alberto Ono Horita, que comandou o 20.º Batalhão de Logística Paraquedista do Exército, foi adido militar nos Emirados Árabes e hoje dirige o Colégio Militar de Curitiba.
A partir de 17 de setembro, a menos de um mês do primeiro turno da eleição presidencial, a conta do coronel, agora sob o nome de Patriota_PQD (abreviação de paraquedista), passou a abrigar diversas postagens com ataques, por exemplo, ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia seguinte à derrota de Jair Bolsonaro (PL), o militar chegou a dizer que o derrotado precisaria ser respeitado “independente do que aconteça”. “Jair Bolsonaro é um líder espetacular, independente do que aconteça, devemos respeitá-lo por resgatar nosso patriotismo e nos dar a chance de lutar. Obrigado, capitão”.
O militar também chamou Lula de “ladrão”, fez acusações – sem provas – de fraude nas urnas eletrônicas e ofendeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O comandante de uma Divisão de Exército retuitou um artigo para explicitar a ‘censura sob a qual o Brasil vive’. Era 24 de outubro. O mesmo fez outro general de divisão, subchefe de uma estrutura militar em Brasília, ao compartilhar publicação sobre a ‘censura’ à rádio Jovem Pan. Era 20 de outubro. (…) Um perfil de um terceiro general de divisão, um engenheiro militar, compartilhou publicações em solidariedade à rádio. Em uma delas, porém, faz menção ao PT: ‘um bom teste para todos os comentaristas compartilharem essa imagem. Quem se recusar veste mais a camisa do PT do que a da JP’. A publicação é de 19 de outubro”, conta ainda a reportagem.
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