Ministro da Economia defendeu a aceleração do aperto monetário, pouco depois da confirmação de que permanecerá no governo mesmo furando o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil
(Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a aceleração do aperto monetário, destacando que, em meio à piora do cenário fiscal, o Banco Central tem que ficar de olho na inflação e “não pode ficar atrás da curva”.
“Quando eu saí para ir aos Estados Unidos, o fiscal estava super arrumado. Se a inflação está subindo, vamos ficar na frente da curva, vamos correr atrás”, disse o ministro nesta sexta-feira.
“Só que está subindo no mundo inteiro. Nos EUA era 0% foi para 5%, na Alemanha era 0% foi para 5%, no Brasil era 4% foi para 9%, era 5% foi para 10%”, emendou.
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“Então cada um tem que fazer o seu trabalho. Se o fiscal piorou um pouco — eu voltei e o fiscal piorou um pouco –, então tem que correr um pouquinho mais com o juro também”, concluiu ele.
As declarações de Guedes foram dadas em entrevista coletiva no prédio do Ministério da Economia, em Brasília, após ter recebido a visita do presidente Jair Bolsonaro, diante de rumores de que o ministro poderia deixar o cargo.
“Não pedi demissão em nenhum momento”, frisou ele.
Guedes disse que permanece no cargo e tem a confiança do presidente, negando também que as medidas anunciadas para absorver o Auxílio Brasil e uma ajuda aos caminhoneiros sejam um descompromisso com a responsabilidade fiscal.
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