Arte: Renato Aroeira (@arocartum)
Campos Neto não pratica ortodoxia econômica, mas terrorismo financeiro
O sabotador bolsonarista do Banco Central manteve os juros na estratosfera, de 13,75%, diante de uma inflação acumulada de 3,94% nos últimos 12 meses.
Isso significa ganhos financeiros reais, acima da inflação, de quase 10% ao ano. De longe a maior taxa do mundo, que faz do Brasil o reino do parasitismo financeiro no planeta Terra.
Sob qualquer ângulo da realidade econômica brasileira esta política de juros é injustificável.
O desempenho econômico rapidamente alcançado pelo governo Lula é indiscutível, tanto que em poucos meses já conseguiu diminuir o grau de risco do Brasil.
Além do enorme consenso existente a respeito da política obscena do Banco Central, há também um grande clamor pela baixa imediata dos juros no país. Tudo isso, no entanto, não comove o sabotador bolsonarista do Banco Central.
Nem mesmo na cartilha da ortodoxia neoliberal (veja PS do Viomundo) se encontra alguma explicação para a manutenção dos juros nesses patamares.
Esta política absurda só encontra justificativa na estratégia de terrorismo financeiro de Campos Neto para travar a economia e sabotar o governo Lula.
E esta escolha também gera, é claro, ganhos formidáveis para o rentismo por meio da rapinagem.
Considerando o estoque da dívida pública, a cada 1% de juros, cerca de 70 bilhões de reais que poderiam ser alocados nos orçamentos do SUS, educação, ciência & tecnologia, obras e investimentos prioritários são desviados do Tesouro Nacional para os bolsos de rentistas, financistas e parasitas do gênero na forma de pagamento de juros e serviços da dívida.
Campos Neto mostra a verdadeira natureza da sua gestão no Banco Central, que é independente e indiferente em relação ao governo, à população brasileira e aos interesses nacionais, e totalmente servil à pilhagem do capital financeiro e ao terrorismo da extrema-direita ultraliberal que sabota o governo Lula.
PS do Viomundo: Até o banqueiro e neoliberal de carteirinha João Amoêdo não achou razoável a decisão de ontem do Banco Central, como mostra o seu tuíte, que nos foi enviado pelo professor Ricardo Musse. Amoêdo foi um dos fundadores do partido Novo e seu presidente até 25 de novembro de 2022.
Por Jeferson Miola, em seu blog