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Estávamos nos aproximando dos 45 minutos do 2º Tempo. Era o último lance da partida. O juiz observava o cronômetro.

Todavia e antes que a fronteira fosse acariciada, uma jogada esmerada fez consumar o improvável. Com sua camisa vermelha suada pelas lutas da vida, ele afundou a pelota, fazendo a rede balançar. A galera (servidores públicos do município de Goiânia) foi ao delírio.

Afinal de contas, a estava mais angustiada do que o goleiro na hora do gol. E a torcida entoava: “Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa / E a galera agradecida, se encantava / Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa / E a galera agradecida, assim cantava / Mauro maravilha, nós gostamos de você / Mauro maravilha faz mais um pra gente ver”.

Paródia a parte, o resultado que vivenciei após uma complexa e determinada operação resgate da respeitabilidade à classe educacional da capital, esteve embalado por essa modinha metafórica.

Ataques e contra-ataques foram efetivados até que finalmente os servidores públicos da Educação conquistaram o seu quinquênio (abono pecuniário incorporado ao salário do funcionalismo público por cada cinco anos de serviço efetivamente prestado, ininterruptamente, em torno de 5%).

Jogando a pelota para a luta política, o prefeito Rogério Cruz havia encaminhado o projeto para o Legislativo Goianiense, deixando, contudo, no banco de reservas toda a categoria da Educação.

O vereador Mauro Rubem, atento às lutas dos trabalhadores, articulou, com secretário da Educação, Welington Bessa, que, por sua vez, atendeu, com maestria e sem trastejar, a solicitação do parlamentar.

Ato contínuo, Bessa conversou com o prefeito Rogério Cruz, que colocou a mão na consciência e concluiu que Mauro Rubem estava com a razão. Uma emenda aditiva foi enviada à Câmara Municipal, incluindo os servidores públicos da Educação de Goiânia.

“Você pode até dizer / que eu tô por fora / ou então / que eu tô inventando.” Mas quero lhe assegurar, a você que está lendo essa narrativa, que eu fui testemunha ocular dessa peleja. Assim como o sindicato da categoria e mais 34 vereadores.

Todos, sem exceção, cumprimentaram a ação ousada do parlamentar petista Mauro Rubem. Ele até teria outra opção, que lhe renderia atenção de todos e, talvez nenhum resultado real aos profissionais da Educação.

Ele poderia ficar esbravejando na tribuna do Legislativo, de onde xingaria Deus e todo mundo. Em suma, jogando para a plateia. No entanto, optou pelo diálogo, articulando, com precisão, e oportunizando real alegria e emoção a uma categoria que ao longo dos anos só tem conquistado seus direitos depois de muita conflagração.

Por outro lado, é importante pontuar, que é absolutamente necessária a valorização, também, dos representantes, que não pouparam dedicação e persistência para concretizar a demanda no mundo real.

E o reconhecimento não pode ser apenas nas lutas vencidas, mas, da mesma forma, no fracasso dos combates perdidos. Faz-se importante salientar, que outra categoria cruelmente desvalorizada na Prefeitura de Goiânia é a dos Servidores Administrativo. Aqueles que carregam nas costas a dureza de muito trabalho e quase nada de reconhecimento.

O Parlamento da Capital de Goiás, por meio do Mandato Popular do vereador Mauro Rubem, está pautando com o Executivo Municipal melhorias nas condições de trabalho e benefícios salariais para esses profissionais, que seguram o batente e “que vai em frente sem nem ter com quem contar”.

E já que estou impregnado de Chico Buarque, termino esse texto parafraseando o saudoso poeta Belchior: “Era feito aquela gente honesta, boa e comovida / Que caminha para a morte pensando em vencer na vida / Que tem no fim da tarde a sensação / Da missão cumprida.

E reitero, a Prefeitura de Goiânia não pode deixar que os Servidores Administrativos continuem a vivenciar a sensação de morte em seu caminhar. A trajetória deles precisa ser reconhecida.

Dito isso e parando por aqui, volto a frisar que o Mandato Popular do vereador Mauro Rubem está grudado na luta dessa gente, boa, honesta e comovida. Ainda tem o IMAS, com suas deficiências quase seculares. Uma prosa para outra ocasião, que enxergo, não muito distante.

Por Djalma Araújo

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