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O governo Bolsonaro está na corda bamba. Os atos do dia 15 mostraram o enorme descontentamento com a política do golpe representada pelo atual governo. Diante a possibilidade de cair com menos de um ano de mandato, Bolsonaro está fazendo apelo para o que sobrou da sua base social (que encolheu de maneira recorde nos primeiros meses do governo, e após o carnaval não se manifestou mais nas ruas), e para sua base aliada no governo no intuito de organizar um ato em apoio a seu mandato.

Os ratos foram os primeiros a pular do barco. Vários bolsonaristas estão rejeitando o chamado do capitão, as figuras mais escatológicas como Damares, Janaína Paschoal e Olavo de Carvalho, que compõe a ala mais histérica da extrema-direita não querem se comprometer com o ato do dia 26. O “professor” declarou semana passada que não se envolveria mais com a política brasileira. Esse setor do governo já não consegue mais medir forças com o centrão (representado pelos militares) e nem com a esquerda. Já a ala ligada mais diretamente ao imperialismo americano deu o recado a muito tempo de que não está disposta a se sacrificar por Bolsonaro. O MBL e a imprensa burguesa, não estão apoiando o ato e nem sequer fazem propaganda.

Domingo (26), está se encaminhando para ser um verdadeiro fracasso, uma enorme desmoralização para o presidente do país, em suma, um aprofundamento da crise que a esquerda tem que aproveitar.

Quinta-feira (23), estudantes tomarão novamente as ruas para intensificar o ato do dia 30, a segunda leva das manifestações nacionais contra o governo. Esse ato deve ter em mente que a derrota dos programas neoliberais não são suficientes. A derrota do regime golpista de conjunto deve ser o objetivo da esquerda.

Por isso a esquerda deve acarretar a população para expulsar os bolsonaristas que ousarem ir às ruas no domingo. No Rio de Janeiro, o movimento Parem de Nos Matar! está concovando uma ato no posto 8 de Ipanema na mesma data da passeada coxinha, com a premissa de que as favelas cariocas descerão ao asfalto para protestar contra o governo. Levar nossas bandeiras e nos somarmos a esse movimento é imprescindível. Onde não houver ato convocado, os partidos de esquerda devem convocar um contra-ato imediatamente.

Se o governo está em crise, não podemos esperar que a burguesia se recomponha e dê uma resposta para esse problema. A população deve tomar a situação em mãos e não esperar uma solução institucional. Se Bolsonaro cair pelas mãos do povo, qualquer substituição vinda da burguesia não terá a mínima legitimidade; Mourão não terá respaldo para sustentar-se diante um movimento que derrubou um presidente.

Convocar novas eleições gerais com a participação de Lula é a saída democrática para a atual situação. Sem a participação do ex-presidente, as novas eleições não passariam de uma fraude, assim como foram as eleições que elegeram Bolsonaro.

Não existe uma saída fácil para a burguesia e a esquerda tomou a ofensiva na luta política. O momento é de gritar “Fora Bolsonaro”, “Liberdade Para Lula” e “Eleições Gerais Já!”.

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