Jair Bolsonaro contratou pessoas que doaram dinheiro para a campanha do filho Carlos. Caso revela mais uma vez que os Bolsonaro são mesmo o que se pode chamar de família unida
Os Bolsonaro são mesmo o que se pode chamar de família unida. Além de empregar Nathalia Melo de Queiroz, a filha do ex-PM, ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz – que trabalhou para seu filho Flávio, atual senador (PSL-RJ) –, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) empregou doadores de campanha do filho Carlos, vereador no Rio de Janeiro (PSC).
Em 2016, quando disputou uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro pela quinta vez consecutiva, Carlos recebeu doações de cinco pessoas físicas, além dele próprio, de seu irmão Flávio, do pai Jair, e de seu partido, o PSC.
Entre as cinco estão Jorge Francisco, que doou R$ 2.500, Alessandra Ramos Cunha, com R$ 1.500, e Helen Cristina Gomes Vieira, com R$ 600 doados.
De acordo com a Câmara dos Deputados, Jorge trabalhou de fevereiro de 2015 até março de 2018, último ano do mandato de Jair Bolsonaro como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Seu salário mensal líquido sempre foi de R$ 11.310,29.
Alessandra, trabalhou de abril de 2015 a dezembro de 2018, com salário mensal líquido de R$10.820,59 desde que ingressou no gabinete. e Helen, de dezembro de 2017 a dezembro de 2018.
Helen trabalhou de dezembro de 2017 a dezembro do ano seguinte, recebendo R$ 2.212,84. Ela já havia trabalhado com o então deputado em outro período, tendo sido exonerada em fevereiro de 2014.
Ao contrário dos irmãos Flávio, senador, eleito pelo PSL do Rio, e Eduardo, deputado federal pelo PSL de São Paulo, Carlos mantém o mandato de vereador no Rio de Janeiro desde 2001. Foi eleito aos 17 anos, em 2000, depois de o pai tê-lo emancipado para poder disputar com a própria mãe, Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, na época já separada de Jair.
Outro laço de família foi o emprego, pelo vereador, de Márcio da Silva Gerbatim, ligado a Queiroz. O servidor ficou no gabinete de Carlos de abril de 2008 a abril de 2010, quando foi exonerado para ser nomeado no gabinete do irmão Flávio, que na época era deputado estadual no RJ.
Carlos foi o pivô da exoneração do então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, em fevereiro. O vereador chamou o ministro de mentiroso nas redes sociais.
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