Ceilândia Em Alerta

ERIKA: O QUE ESPERAR DE UM PRESIDENTE QUE TEM UM TORTURADOR COMO ÍDOLO?

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) repudiou a decisão do governo Jair Bolsonaro que “extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações” sobre o Grupo de Trabalho de Perus (GTP), responsável pela análise de 1.047 ossadas retiradas de valas clandestinas do cemitério localizado na Zona Norte de São Paulo. Na prática, a decisão impede a identificação de desaparecidos.

“Bolsonaro encerra grupo que identificava corpos desaparecidos durante a ditadura militar. O que esperar do governo de um presidente que tem um torturador como ídolo? #DitaduraNuncaMais”, escreveu o parlamentar no Twitter.

O Grupo de Trabalho de Perus é fruto de um convênio firmado entre as secretarias de Direitos Humanos dos governos federal e municipal, a Comissão Especial e a Unifesp.

Ao citar o “ídolo” de Bolsonaro, a parlamentar fez referência ao ex-chefe do DOI-CODI Carlos Brilhante Ustra, elogiado pelo presidente. Ele é apontado como responsável por ao menos 60 mortes e desaparecimentos em São Paulo durante a Ditadura Militar (1964-85) e foi denunciado por mais de 500 casos de tortura cometidos nas dependências do Doi-Codi entre 1970 e 1974.

Em outubro do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou a sentença de primeira instância que condenou o coronel a indenizar a família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, que morreu vítima de tortura na sede do DOI-CODI.