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Presidente mencionou necessidade de ajustes no primeiro escalão e celebrou a aprovação do pacote fiscal

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou durante um almoço com seus ministros, nesta sexta-feira (20), que pretende realizar mudanças no primeiro escalão do governo. No entanto, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente evitou mencionar nomes e cargos específicos. A pressão por mudanças vem de aliados no Congresso, especialmente após a eleição para presidentes da Câmara e do Senado em 2025.

De acordo com a reportagem, a sinalização de Lula está relacionada à formação de sua aliança para disputar a eleição de 2026. Alguns políticos próximos ao governo podem não querer apoiar o grupo político do presidente no próximo pleito devido à rejeição de suas bases ao petista. 

Durante o encontro, Lula também mencionou que vai desacelerar sua rotina após os dois procedimentos cirúrgicos aos quais foi submetido para tratar uma hemorragia intracraniana. Ele afirmou que, por amor a si mesmo, à primeira-dama Janja Lula da Silva, e ao Brasil, vai obedecer às ordens médicas, que restringem sua agenda pelos próximos 45 dias. Reuniões serão permitidas, mas compromissos mais cansativos, como viagens, provavelmente serão evitados.

Lula tinha planos de promover uma reunião ministerial, como costuma fazer no final do ano. No entanto, devido à sua recuperação, a reunião foi substituída por um encontro de confraternização de fim de ano. O evento, marcado para às 13h, durou aproximadamente duas horas.

O encontro teve menos recados políticos do que o habitual. Lula pediu aos auxiliares que continuem mobilizados e divulguem as ações do governo. No início de dezembro, o presidente expressou insatisfação com a comunicação governamental. O publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula em 2022 e cotado para assumir o ministério da comunicação, estava presente no almoço, o que chamou a atenção dos convidados.

Lula também comemorou a aprovação dos projetos do pacote fiscal pelo Congresso. O Legislativo teve uma semana corrida para votar as propostas, e o mercado financeiro cobra cortes de despesas do governo, um dos fatores que fez o dólar subir nas últimas semanas. O presidente destacou o esforço dos ministros para promover as votações enquanto estava internado. Por fim, desejou feliz Natal e Ano Novo a todos e mencionou a volta ao trabalho no começo de janeiro.

Um dos destaques do evento foi a participação do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O cenário se assemelha à confraternização do ano passado, quando o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, marcou presença. Galípolo participou do almoço e conversou com diversos participantes.

Após o almoço, Lula divulgou um vídeo ao lado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento), além de Gabriel Galípolo. Ele afirmou que o governo poderá promover novas medidas de ajuste fiscal, se necessário, e prometeu não interferir na gestão do futuro chefe da autoridade monetária.

Ainda conforme a reportagem, todos os 38 ministros do governo participaram, assim como os representantes de Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). Também estava presente o chefe da assessoria especial da Presidência da República, Celso Amorim, ex-ministro e um dos conselheiros mais próximos do presidente.

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