O parlamentar também destacou a prisão de servidores da Agência Brasileira de Inteligência
Deputado Guilherme Boulos (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
247 – O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) cobrou de investigadores nesta sexta-feira (20) que descubram com mais detalhes a possível participação de Jair Bolsonaro (PL) no monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra jornalistas, advogados, políticos e opositores da gestão bolsonarista. O parlamentar destacou a prisão de Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, servidores que, segundo a PF, conheciam o esquema – os dois foram demitidos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Há que se chegar no chefe!”, afirmou o parlamentar na rede social X, antigo Twitter. “Gravíssimo! Sob o comando de Bolsonaro, a ABIN monitorava ilegalmente ministros do STF, adversários políticos e até jornalistas. Hoje dois servidores envolvidos no esquema foram presos e a PF executou 25 mandados de busca e apreensão”.
A tentativa de golpe aconteceu em 2022, quando agentes da Abin colocaram em prática uma extensa operação de espionagem eletrônica em centenas de celulares pertencentes a frequentadores do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigadores da Polícia Federal identificaram mais de 30 mil monitoramentos ilegais de cidadãos brasileiros.
Neste ano (2023), o tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que o ex-ocupante do Planalto consultou militares sobre como poderia ser aplicada uma ruptura institucional. No celular do coronel, investigadores encontraram uma minuta para um golpe de Estadono País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio “dentro das quatro linhas” da Constituição.
Durante a sua gestão, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que ministros do Poder Judiciário, principalmente, do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrapalhavam o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição presidencial.
Em junho, ministros do TSE tornaram Bolsonaro inelegível por ter questionado, sem prova, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes – o ex-chefe do Executivo federal fez ataques verbais às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no ano passado em Brasília (DF).
Com informações do Brasil 247
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