Entre as conclusões do relatório estão o aumento de 0,8 anos na escolaridade e o incremento de US$ 250 no rendimento de trabalho entre ex-beneficiários
Um estudo conduzido pelos pesquisadores Luis Laguinge, Leonardo Gasparini e Guido Neidhöfer, e divulgado pela Universidad Nacional de la Plata, trouxe à tona dados positivos sobre o impacto de longo prazo do Programa Bolsa Família no Brasil. Entre as principais conclusões do relatório The Long-Run Effects of Conditional Cash Transfers: the Case of Bolsa Familia in Brazil, estão o aumento de 0,8 anos na escolaridade e o incremento de US$ 250 no rendimento de trabalho entre ex-beneficiários.
Em termos educacionais, o estudo revela que o Bolsa Família elevou em 9 pontos percentuais (p.p.) a probabilidade de conclusão do ensino primário, e em 6 p.p., do ensino secundário. Esse avanço reflete diretamente no maior acesso ao mercado de trabalho formal e qualificado. Ex-beneficiários do programa têm menos chances de trabalhar em setores de baixa produtividade, como a pesca e os serviços comunitários, e são mais propensos a ocupar funções em áreas de alta produtividade, como a administração pública e o fornecimento de serviços essenciais.
“O Bolsa Família não é só transferência de renda, é uma política de vida”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias. Segundo ele, o programa não apenas considera o tamanho e a composição familiar para calcular o valor do benefício, mas também estipula condicionalidades que incentivam a educação e a saúde.
Autonomia e redução da dependência – Outro ponto importante da pesquisa é a redução da dependência das futuras gerações em relação a benefícios sociais. O estudo identificou uma queda de 3,7 p.p. na probabilidade de ex-beneficiários do Bolsa Família na infância dependerem de transferências sociais quando adultos.
“Ao longo dos 20 anos de existência, o Programa tem despertado as famílias beneficiadas para uma enorme conscientização sobre a importância da educação na vida de cada uma delas”, ressaltou a secretária Nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino. Ela também destacou o papel das condicionalidades educacionais no desenvolvimento dessas famílias.
Com foco no impacto de longo prazo, os pesquisadores aplicaram uma metodologia de dois estágios e duas amostras, além de uma abordagem de diferença em diferenças, para identificar como a acumulação de capital humano entre crianças de famílias pobres contribui para a redução da pobreza e da dependência de benefícios governamentais nas gerações seguintes.
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