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Chefe do Ministério Público deve sair do cargo em razão do tempo definido por lei para que PGR fique à frente da instituição

Aras foi alvo de críticas, acusado de engavetar representações contra ex-presidente Bolsonaro -  (crédito:  Roque de Sá/Agência Senado)

Aras foi alvo de críticas, acusado de engavetar representações contra ex-presidente Bolsonaro – (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, participou, nesta quinta-feira (21/9), daquela que pode ser a última sessão com a presença dele na corte como chefe do Ministério Público. O mandato de Aras termina na próxima semana. Em discurso no plenário, ele afirmou que sua gestão sofreu com “incompreensões”.

Aras afirmou ter sido alvo de “algumas incompreensões e falsas narrativas, dissonantes com o trabalho realizado”. O discurso dele ocorreu durante o julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do marco temporal das terras indígenas.

“Dizem que as pessoas ficam e as instituições passam. Mas as instituições se fazem de pessoas que por elas passam. O Ministério Público há sempre de contribuir para o aprimoramento do nosso contínuo processo civilizatório e fortalecimento do nosso Estado Democrático de Direito”, disse o PGR.

Indicado por Jair Bolsonaro e reconduzido ao cargo pelo ex-presidente, Aras foi alvo de críticas, acusado de engavetar representações contra o ex-capitão do Exército. Uma das investigações que o procurador-geral foi acusado de ofuscar se refere a eventual omissão de Bolsonaro na gestão da pandemia e ações que tentaram desmobilizar o isolamento social e outras medidas sanitárias durante a circulação do vírus.

“Os desafios dos últimos 4 anos foram adicionalmente cercados por algumas interpretações e falsas narrativas… Ao MP, tal como ao Judiciário, a Constituição veda expressamente a política partidária. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas, sim, garantir dentro da ordem jurídica que se realize Justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana”, completou o PGR.

Com o fim da gestão dele, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo nome. Mas caso prefira, pode reconduzir Aras para um terceiro mandato.

Com informações do Correio Braziliense

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