SindMetroDF denuncia falta de investimentos: “deixam tudo em ruínas para convencer que é necessário privatizar”
Nos últimos dias, o Metrô do Distrito Federal enfrentou novos episódios críticos que reacenderam a discussão sobre o estado do sistema e a possível privatização defendida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). No sábado (13), um incêndio na Estação 114 Sul interrompeu os serviços, seguido por um problema nos freios de um trem na Estação Guará, na manhã de segunda-feira (15), que também gerou fumaça e atrasos significativos para os usuários.
A Companhia do Metrô-DF minimizou o segundo incidente, afirmando que não houve fogo, apenas fumaça causada por um vazamento de óleo nos freios. No entanto, a população sofreu com a interrupção do serviço, aumentando as críticas sobre a gestão e a manutenção do sistema, destaca reportagem do Brasil de Fato.
Bruno Garcia, morador de Águas Claras, expressou sua frustração com a situação. “Escolhi morar perto de uma estação para ir ao trabalho de trem. Agora, virou uma constante essas falhas, que geram atrasos e, em alguns casos, incêndios, como vimos neste final de semana”, disse Bruno, que contestou a explicação oficial do Metrô-DF, insistindo que o incidente de segunda-feira foi, de fato, um incêndio. “O Metrô de Brasília já foi muito bom, mas agora virou uma vergonha. O governo quer privatizar e, para ganhar apoio, deixou de investir no mínimo necessário, colocando a população em risco”, afirmou Bruno.
SindMetroDF denuncia sucateamento
O Sindicato dos Metroviários do DF (SindMetro/DF) tem sido uma voz ativa na denúncia de falta de investimentos e na crítica ao que considera um projeto de sucateamento do sistema para justificar a privatização. Neiva Lopes, secretária de Comunicação e Mobilização do SindMetroDF, alertou para a gravidade da situação. “Estamos diante de uma tragédia anunciada. Se não houver investimentos maciços, poderemos perder vidas por descaso do Estado”, destaca Neiva. Em abril, os metroviários se mobilizaram na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para chamar a atenção para a falta de profissionais e investimentos no sistema, que não realiza concursos há 11 anos.
Max Maciel, presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU), também destacou a crise. “Os problemas atuais são resultado de anos de negligência. O sucateamento vem acontecendo há muito tempo, com recursos destinados às rodovias enquanto o metrô é negligenciado”, afirmou Maciel. Ele mencionou a falta de profissionais essenciais e de manutenção adequada como fatores críticos.
Resposta do Metrô-DF
Em notas oficiais, a Companhia do Metrô-DF explicou as falhas recentes, afirmando que as ocorrências não envolveram fogo, mas sim problemas técnicos que geraram fumaça. Handerson Cabral, presidente da Companhia, destacou que o incêndio na Estação 114 Sul foi rapidamente controlado e que os trens envolvidos estavam com manutenções preventivas em dia. Ele mencionou um processo para aquisição de 15 novos trens, que está tramitando no Ministério das Cidades, com expectativa de financiamento pelo BNDES.
Cabral garantiu que não falta dinheiro para manutenção e que o governo tem honrado seus compromissos. Segundo ele, desde 2019, os investimentos em manutenção têm aumentado, com um orçamento previsto de até R$ 180 milhões para 2024.
O SindMetroDF questionou as declarações da Companhia, alegando que o sucateamento é uma estratégia para privatizar o modal. “Onde estão indo parar estes investimentos? Se foram para manutenção dos trens, por que as falhas vêm sendo recorrentes? E mais ainda, devemos questionar qual a responsabilidade dos gestores do Metrô-DF em permitir que os trens continuem circulando desta maneira, colocando a vida dos usuários e empregados do metrô em risco? Toda essa destruição faz parte do pacote, o projeto de difamação do metrô. Deixam tudo em ruínas para convencer que é necessário privatizar. Não podemos cair nessa armadilha. A população do Distrito Federal merece um transporte de qualidade e o Metrô, merece uma gestão que a respeite”, questiona do Sindmetro/DF
Na manhã da última terça-feira (16), um ônibus articulado da Viação Marechal pegou fogo em Ceilândia. Apesar do susto, os 30 passageiros conseguiram sair a tempo e ninguém ficou ferido. O incidente foi registrado por transeuntes e divulgado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Com informações do Brasil 247
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