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Subsecretária de Estado revelou as intenções de sua viagem ao Brasil

(Foto: Divulgação)

Nuland diz esperar que Brasil pressione Venezuela a “promover eleições livres” · Ouvir artigo

A subsecretária de Estado dos EUA para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, destacou a importância do papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na promoção de eleições livres e transparentes na Venezuela. Segundo ela, o Brasil pode ter influência decisiva para convencer o presidente venezuelano Nicolás Maduro a permitir um processo eleitoral justo em seu país, disse ela, em entrevista aos jornalistas Daniel Gullino e Eliane Oliveira, do jornal O Globo. “Com a liderança do Brasil em tudo isso, e particularmente sua habilidade (diplomática), esperamos que influencie Maduro para realmente permitir um campo livre e justo para essas eleições, para garantir que todos os candidatos possam concorrer, que haja livre acesso à mídia, que as primárias estão abertas, todos esses tipos de coisa”, disse ela.

Após uma série de reuniões em Brasília com autoridades brasileiras, incluindo Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, e Maria Laura Rocha, secretária-geral do Itamaraty, Nuland concedeu uma entrevista ao jornal O Globo. Durante a conversa, foram abordados diversos temas, como a crise política na Venezuela, a situação na Nicarágua e os esforços para mediar o fim da guerra na Ucrânia.

A subsecretária de Estado ressaltou a parceria entre os Estados Unidos e o Brasil e destacou o compromisso conjunto na busca por uma eleição livre e justa na Venezuela. Victoria Nuland enfatizou o esforço em garantir que todos os candidatos tenham oportunidades iguais, acesso livre à mídia e primárias abertas, visando uma eleição transparente e democrática no país vizinho.

Além da questão venezuelana, a diplomata abordou o papel do Brasil como possível mediador na Guerra da Ucrânia, ressaltando a importância do diálogo diplomático entre a Ucrânia e a Rússia. Ela elogiou o interesse demonstrado por diversos países, incluindo o Brasil, em promover uma paz justa e baseada nos princípios da Carta da ONU na região.

Outro ponto destacado durante a entrevista foi a situação na Nicarágua, onde o presidente Daniel Ortega tem enfrentado críticas e pressões internacionais. Nuland expressou a esperança de que o presidente Lula possa influenciar positivamente Ortega e buscar soluções para respeitar os direitos humanos e libertar os padres detidos por discordarem do governo.

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