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Neste sábado, a polícia civil e militar de Eunápolis realizaram uma grande operação para prender as integrantes dos trabalhadores sem-terra que se defenderam de ataques e ameaças da empresa de segurança da Veracel Celulose no Extremo Sul da Bahia.

O caso em questão ocorreu no dia 02 de julho onde famílias de trabalhadores sem-terra reagiram a violência e a tentativa ilegal de seguranças da empresa GPS, empresa contratada pela multinacional do eucalipto Veracel Celulose na fazenda Sítio Esperança, área que não possui documentação e é resultado da grilagem de terras. O caso resultou em um enorme conflito em que carros da empresa de segurança foram queimados.

Foram emitidos mandatos de prisão temporária expedidos pelo juiz Heitor Awi Machado de Attayde, Titular da 2ª Vara Crime da Comarca de Eunápolis para nove trabalhadores rurais, são eles, Mário Júnior Pereira Amorim, Geraldo Pereira dos Santos, Rogério Silva da Rocha, Derolino Pereira dos Santos, Nival Miguel da Silva, Raimundo da Rocha, Cláudio Francisco de Oliveira, Nilson de Oliveira Gonçalves e Adenildo Batista da Rocha.

A arbitrariedade da ação é tamanha que até o advogado dos trabalhadores, Mário Júnior Pereira Amorim, foi preso como responsável da ação.

Fica evidente que essa prisão tem a ver com as relações políticas entre a Veracel e do judiciário golpista que sempre atua contra os trabalhadores sem-terra. O Extremo Sul da Bahia é uma região com grande concentração de terras nas mãos dos latifundiários, em especial das empresas de celulose e papel, como a Suzano, Fibria e Veracel, e boa tarde dessas terras tomadas por essas empresas é resultado do processo de grilagem de terras públicas, como é o caso da Fazenda Sítio Esperança.

É evidente e há provas que os pistoleiros da Veracel Celulose, sob uma fachada de empresa de segurança, foram realizar um despejo sem nenhuma autorização da justiça ou acompanhamento da polícia, como está na lei. Foram ameaçar e intimidar as famílias de trabalhadores que se defenderam e colocaram os pistoleiros para correr.

Nem a imprensa contratada pela Veracel consegue esconder a perseguição política contra os sem-terra. É preciso defender de maneira incondicional os trabalhadores sem-terra presos por se defenderem das ações criminosas da Veracel, pois é um primeiro passo para atacar todos os movimentos de luta pela terra, incluindo os indígenas, que grande parte de suas terras foram roubadas pela empresa de celulose.

Pela imediata liberdade dos trabalhadores perseguidos pela Veracel!

Pelo direito da autodefesa dos trabalhadores do campo contra os pistoleiros disfarçados de segurança!

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