As próximas direções partidárias devem ter o mandato de dois anos. Esta definição precisa ser tomada na próxima reunião do Diretório Nacional para que o PED e a eleição de delegados, em setembro, sejam realizados já com o mandato das direções municipais estabelecido.
Estamos numa conjuntura com desdobramentos imprevisíveis. Todas as análises apontam para perspectivas de agravamento da crise econômica e acirramento da situação política. A próxima direção partidária deverá focar sua atuação na emergência da situação nacional e ao mesmo tempo preparar o Partido para a eleição municipal.
A eleição do próximo ano será primeira eleição municipal sob as novas regras eleitorais e exigirá do Partido a formulação de uma tática adequada para derrotar a direita a partir da disputa nas cidades. Não deverá ser uma tática do nós contra eles, simplesmente. As alianças, que não poderão ser formalizadas para as chapas de vereadores, devem ser refletidas no programa e
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nas candidaturas para a Prefeitura.
Todos nós sabemos das dificuldades organizacionais e políticas das direções municipais em grande parte do território nacional. Neste PED as direções municipais devem ser formadas com a principal tarefa de coordenar a tática da eleição de 2020. As suas reconduções estarão vinculadas, naturalmente, ao resultado eleitoral.
Dos resultados das eleições municipais sob nova lei, pode surgir um quadro partidário absolutamente distinto do que temos hoje. Isto, tanto no tocante ao número e características dos partidos de um modo geral, quanto no específico em relação ao quadro partidário interno do PT.
Atualmente fazemos uma dura luta pela libertação de Lula, mas nada nos garante que o PED não será realizado com o Lula ainda em Curitiba. Pelo menos para nosso Congresso Nacional podemos ter a expectativa da presença de Lula. Já, daqui a dois anos, Lula estará livre e circulando e mobilizando o Partido no país inteiro. Isto será um grande diferencial!
De outra parte, neste ano, não teremos a participação de diversos municípios na eleição do PED, pela inexistência de Diretório Municipal, o que já estará solucionado daqui a dois anos.
Particularmente, não acho que o tempo de mandato ideal para direções partidárias seja de quatro anos. No entanto, não tenho propostas para alteração definitiva neste Congresso, já que estamos num processo híbrido de eleição direta das direções municipais e de delegados para Congressos estaduais e nacional. Mas, certamente, tenho convicção de que neste momento o mais adequado para o Partido é a eleição de uma direção partidária com mandato de dois anos e que seja renovada em 2021, de acordo com as definições do 7o. Congresso Nacional.
Se os delegados e delegadas decidirem pela eleição direta de todos os dirigentes, haverá um novo PED no âmbito nacional daí a dois anos. Se o caminho escolhido for a eleição em Encontros Democráticos, delegados e delegadas serão escolhidos sob uma nova conjuntura e perspectiva política.
As direções partidárias eleitas em 2021 terão a importante tarefa de conduzir o Partido à nova vitória nas eleições presidenciais e estaduais do ano seguinte. Naturalmente, portanto, que sejam direções eleitas a partir de um revigoramento partidário e com uma reflexão atualizada com a participação do conjunto do Partido.
O Congresso Nacional do Partido, em novembro, deve decidir o melhor tempo para um mandato de direção partidária em definitivo a partir de 2021.
Geraldo Magela, Membro do Diretório Nacional
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