O ex-ministro José Dirceu diz que já não se preocupa com Jair Bolsonaro candidato à reeleição em 2022: em sua avaliação, o presidente não vence dentro das regras do jogo.
O atual caos sanitário e hospitalar e o consequente desarranjo na economia são os motivos, afirma Dirceu.
De fato, pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira mostra que 65% dos entrevistados acham que a situação econômica vai piorar, um índice superior ao do pior momento do governo Dilma, quando a taxa chegou a 60%.
Aos 75 anos de idade, José Dirceu de Oliveira e Silva é um dos mais argutos analistas políticos do Brasil.
Ele é pragmático em relação a Ciro Gomes, do PDT: “Ele nos transformou em seu principal adversário”, diz.
Apesar disso, completa: “No segundo turno [de 2022] nós votaremos nele, mesmo que ele estivesse com uma facção da centro direita com ele”.
Em retrospectiva, Dirceu afirma que o mensalão foi o laboratório da Lava Jato. Segundo ele, a Ação Penal 470, cujo relator no STF foi o ministro Joaquim Barbosa, mirou nas principais lideranças do Partido dos Trabalhadores então para tentar o impeachment do ex-presidente Lula.
“Ela cortou a cabeça do PT”, relembra.
“Ao me tirar do governo, a AP 470 começou o processo de criminalização do PT”, diz.
Mesmo assim, Lula foi às ruas e garantiu sua reeleição em 2006..
Dirceu atribui ao PSDB a armação para vazar um vídeo envolvendo Waldomiro Diniz, gravado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Foi o escândalo envolvendo Waldomiro, assessor da Casa Civil, que levou Dirceu a deixar o governo Lula.
Ele relembra os espetáculos midiáticos, como a prisão dos chamados “mensaleiros” num dia 15 de Novembro.
“Meu julgamento foi marcado para as vésperas das eleições”, relembra.
Na Lava Jato, a condução coercitiva do ex-presidente Lula foi transmitida ao vivo pelas emissoras de TV.
O então juiz federal Sergio Moro fez uma manobra para que a delação do ex-ministro Antonio Palocci fosse publicada poucos dias antes do primeiro turno de 2018, para prejudicar o candidato petista Fernando Haddad.
“Eu morri para a Globo no dia 21 de junho de 2005. Ela só deu notícias todo esse tempo negativa. Desapareci da História do Brasil. Decretou a minha morte”, afirma Dirceu, mencionando a data de sua saída do governo e a emissora que mais trabalhou pela criminalização do PT.
Ele relembra que em novembro de 2005, quando foi agredido com uma bengalada na saída do plenário da Câmara pelo escritor Yves Hublet, nenhum jornalista fez qualquer protesto.
Para Dirceu, é incerto se a Justiça permitirá que o ex-presidente Lula concorra em 2022. Segundo ele, o PT deve focar na pandemia. Mesmo que Lula seja impedido de concorrer, afirma o ex-ministro, ele será o principal eleitor no ano que vem.
Sobre Bolsonaro, finalizou: “Não há mais maioria no país para reelegê-lo. Eu não tenho essa preocupação”.
Na entrevista (veja o vídeo no topo), Dirceu também fala sobre as condições que enfrentou na cadeia, sobre os privilégios dos militares — ele se refere a eles como “casta” — e se mostra otimista quanto ao potencial futuro do Brasil.
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