“Personalidades Psicopáticas” é o título no Brasil do livro “Die Psychopathischen Persönlichkeiten”, de Kurt Schneider, psiquiatra alemão.
A obra rendeu-lhe reconhecimento e a alcunha de “pai dos psicopatas”.
É ótima fonte para decifrar distúrbios de personalidade em tempos tensos, como os desta pandemia.
Suas descrições tipológicas baseiam o diagnóstico de desvios de comportamento social, resultados da ausência de sentimentos de piedade, compaixão e altruísmo; da falta de valores éticos-morais; e da incapacidade de se reconhecer culpado.
São indivíduos sem remorso e arrependimento.
Schneider destaca características de personalidades anormais. Carentes de compaixão, toscos em regra, anestesiados de senso moral.
Frente ao sofrimento alheio, à morte de milhares de pessoas, não medem palavras, como “eu não sou coveiro”, “chega de frescura” e “vai ficar chorando até quando?”.
Não há ressonância afetiva com a dor alheia.
Por vaidade exagerada, se acham acima de tudo, de todos.
Não toleram contrariedades: reagem com expressões “quem manda aqui sou eu”, “eu sou o chefe supremo”, “faço o que quero” e outras ególatras.
São agressivos, mal-educados e provocadores.
Kurt Schneider menciona que esses sujeitos oferecem dificuldades particulares em circunstâncias militares.
O desacato e a desobediência são marcas da carreira.
A insubordinação/mau comportamento redundam em prisão, expulsão ou abandono (“Las personalidades psicopáticas”; Madrid: Morata, 1974, p. 166).
Eles são pouco inteligentes.
Schneider chama-os de “antissociais que, por regra, associam-se aos oligofrênicos” (ibidem, p. 169).
A inteligência limítrofe ou seletiva leva-os a praticar atos bizarros, de turrice e teimosia.
O foco: o benefício próprio. Se voltarem atrás, não é por reconhecer o erro, mas estratégia momentânea.
Rancorosos e vingativos, em seguida, recidivam, até com virulência. São, por todo o quadro, de periculosidade social.
Nada os detêm, salvo reprimenda enérgica, judicial e legal.
Kurt Schneider se refere a esses anormais com o termo psicopatia. Preferimos condutopatia (conduta patológica, transtorno de comportamento) por ser menos genérico e autoexplicativo.
Em cargos públicos, interessa-lhes o poder para escoar as condutopatias em louvor a si mesmos.
Como chefia, são tiranos. Egoístas, colocam a própria vontade e a autoridade acima das leis e da Justiça.
É comum a psiquiatras discordâncias sob uma mesma doutrina.
Porém, todos admitimos que psicopatas (condutopatas, para nós) não têm cura, já que a origem do mal é orgânica e irremovível.
Não raro sofreram lesões cerebrais em fase intrauterina ou em tenra idade —etapa de acelerado desenvolvimento do sistema nervoso—, impactando a formação do órgão.
*Psiquiatra forense, é membro emérito e ex-presidente da Academia de Medicina de São Paulo
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