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A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 18, em entrevista à TV247, que a pandemia do novo coronavírus, pelas perdas humanas que vai causar, poderá ter como consequência uma reversão nas políticas neoliberais adotadas por muitos países. Para ela, ficará muito claro “o caráter desumano deste modelo”.

“É como quando o mundo saiu da Segunda Guerra. Haverá muitas mortes, principalmente de idosos e gente muito pobre e vulnerável. O impacto será muito forte em todos os países. O mundo viverá um momento em que a necessidade da distribuição da renda e combate à desigualdade terão de entrar na ordem do dia”, avaliou Dilma ao jornalista Leonardo Attuch. 

No Brasil, aponta a ex-presidente, a raiz da crise atual não é a epidemia, embora a situação vá se agravar muito por causa dela, mas a desigualdade, mantida e acentuada pelas políticas neoliberais em curso desde o governo de Michel Temer, e aprofundadas pelo governo Bolsonaro. 

Para enfrentar a crise, além das medidas de saúde obrigatórias, Dilma entende que o governo teria de adotar “medidas sociais e de recuperação do investimento público”. 

“Neste momento em que o setor privado não investe, só o estado tem esta capacidade. Está claríssimo que o investidor internacional não está nem aí para as reformas que Bolsonaro e Guedes querem fazer. O que o investidor quer é um mínimo de estabilidade. E não são as reformas que dão isto, mas a estabilidade política e econômica e a redução do desemprego”, disse a ex-presidente Dilma Rousseff.

(Foto: ABr)

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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