Para os justiceiros da República, timing é tudo
A prisão de Michel Temer pela Lava Jato do Rio é mais uma patacoada midiática para a operação e seus protagonistas saírem das cordas.
Por que agora? Por que ele?
Para alimentar o circo e tentar virar o jogo a favor da República de Curitiba.
Moro foi humilhado publicamente por Rodrigo Maia. Transformou-se num anão no governo Bolsonaro.
Maia afirmou que Moro copiou e colou projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre combate ao crime organizado.
“Eu acho que ele conhece pouco a política. Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente Bolsonaro”, falou.
“Ele está confundindo as bolas. Ele não é presidente da República. Ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele”.
A “fundação” da Lava Jato, uma aberração forrada de 2,5 bilhões da Petrobras, expôs as intenções da turma.
O caso de Temer, que está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix.
O empresário disse à PF que pagou R$ 1 milhão em propina a pedido do velho coronel João Baptista Lima Filho, do ex-ministro Moreira Franco e com de Michel.
Moreira também foi em cana.
“Barbaridade”, disse Temer ao ser levado ao Aeroporto de Congonhas, de onde embarcou para o Rio de Janeiro.
Bretas deu uma força aos amigos.
Na miúda desde a posse de Bolsonaro, Temer tem cinco inquéritos no STF, abertos à época em que ele era presidente.
Foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo.
A Globo News vai passar a manhã falando do caso.
Logo mais o próprio Moro aparece dando entrevistas, glorioso como o deus-Sol.
Dallagnol voltará a brilhar. Palestras surgirão em seu caminho.
Temer rouba há 740 anos, mas milhares de otários vão achar que acabou a era da impunidade no Brasil etc etc.
Você e eu sabemos quem é Michel Temer. Mas não se trata disso.
Amanhã ele estará solto.
E depois de amanhã será a vez de Dilma ser levada pela Polícia Federal.