Desde o último domingo, quando o presidente Lula (PT) fez declarações comparando Gaza ao Holocausto, suscitando críticas de algumas organizações judaicas brasileiras, apenas Brasília e o governo de Israel emitiram pronunciamentos oficiais.
Outros líderes de Estado ainda não se manifestaram para condenar as declarações do líder brasileiro. A primeira reação internacional veio do presidente colombiano, Gustavo Petro, que utilizou o X, antigo Twitter para expressar seu apoio a Lula. Ele disse que o líder brasileiro “apenas falou a verdade”.
“Expresso minha total solidariedade ao presidente Lula do Brasil. Em Gaza há um genocídio e milhares de crianças, mulheres e idosos civis são covardemente assassinados. Lula só falou a verdade e defende-se a verdade ou a barbárie nos aniquilará”, escreveu no X.
“Toda a região deve unir-se para acabar imediatamente com a violência na Palestina. A decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre Israel deve gerar aplicação e consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo.”
A declaração de apoio era de certa forma esperada por parte de Petro. No ano passado, durante o conflito entre Israel e o grupo Hamas, ele também usou referências ao regime nazista para comentar as ações israelenses na Palestina.
Até o momento, a postura de Gustavo Petro permanece isolada no contexto global. Além disso, na última terça-feira (20), o porta-voz da Casa Branca, Matthew Miller, afirmou que o governo dos EUA “discorda” das declarações de Lula, sem condenar explicitamente a comparação com o Holocausto, focando a crítica na acusação de genocídio.
“Obviamente nós discordamos desses comentários. Fomos bastantes claros que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza. Queremos ver o conflito encerrado quando for possível”, disse Miller.
O ex-presidente boliviano Evo Morales também prestou apoio a Lula nas redes sociais, ao contrário do atual líder do país, Luis Arce, aliado de Lula, que até agora não comentou sobre o episódio.
“A nossa solidariedade ao irmão Lula, injustamente declarado persona non grata, por defender a vida e a dignidade do povo palestino face ao genocídio em Gaza levado a cabo pelo Estado de Israel . Ser declarado persona non grata por um governo genocida que comete massacres contra crianças é um privilégio que reafirma o compromisso com a vida e a paz perante a comunidade internacional e os povos do mundo”, disse Evo no X.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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