principalmente nos governos do PT, participação ativa e positiva em todas as esferas regionais e mundiais que se dedicam à causa universal da afirmação progressiva de todos os direitos humanos, sejam eles políticos, sociais ou econômicos.
Apesar desse firme compromisso com os direitos humanos, o Brasil evita condenações formais a países específicos, que normalmente servem apenas para a defesa de interesses geopolíticos, que nada têm a ver com a promoção efetiva da democracia e com a proteção aos direitos humanos fundamentais.
Na realidade, a posição histórica da diplomacia brasileira tem sido a de evitar as condenações oportunistas, hipócritas e inúteis a certos países que não são do agrado dos EUA e aliados.
Economist Intelligence Unity (EIU).
Segundo essa publicação, somente 24 países do mundo, entre os 167 pesquisados, seriam “democracias plenas” (full democracies). O resto se divide entre as categorias de “democracias imperfeitas” ou falhas (flawed democracies), “regimes híbridos” (hybrid regimes) e “regimes autoritários” (authoritarian regimes).
extrema, é a negação de todo direito. Quem é pobre vive agrilhoado pela necessidade, que é o oposto da liberdade. O pobre tem muita dificuldade em exercer direitos e não vive realmente em democracia, mesmo que ela formalmente exista.
A maior parte da população mundial, que é pobre e miserável, está mais interessada numa democracia substantiva.
No direito a comer, no direito a morar, no direito a ter saúde, no direito a conseguir educar seus filhos. Não quer apenas votar, seguindo o modelo das democracias ocidentais. Isso não é captado pelos relatórios conservadores da The Economist, mas é necessário falar sobre isso também.
São, portanto, muitos os cuidados que temos de ter para “falar” em democracia, até mesmo porque quem costuma ter a fala hegemônica sobre o assunto não está realmente nela interessado.
Melhor ouvir, conversar e dialogar, como o Brasil e Lula sabem fazer.
*Marcelo Zero é sociolólogo e especialista em Relações Internacionais.