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Reunidos em frente ao Fórum Ruy Barbosa, na zona oeste de São Paulo, juízes, advogados e trabalhadores da Justiça do Trabalho realizam um ato em defesa deste ramo do Judiciário nesta segunda-feira, 21. Outros protestos, em pelo menos outros nove estados, devem acontecer hoje.

As manifestações são respostas às declarações recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro, que em entrevista concedida no início de janeiro para o SBT, admitiu a possibilidade de extinção da Justiça do Trabalho.

“Jair Bolsonaro, o brasileiro quer Justiça do Trabalho”, foram as palavras de ordem cantadas no carro de som no início da manifestação dos magistrados em São Paulo, acompanhada em coro pelos participantes.

O trecho no sentido Centro da Avenida Marquês de São Vicente, onde está localizado o Fórum Ruy Barbosa, foi interditado para realização do ato. A estimativa dos organizadores é que 1,5 mil pessoas participam da manifestação na capital paulista.

A atividade é articulada por meio de parceria entre Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região (Amatra-2), Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud), Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP), Federação Nacional dos Advogados (Fenadv) e Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (Mati).

O ato é parte do recém-criado Movimento Em Defesa da Justiça do Trabalho (MDJT) e, segundo os organizadores, foi articulado para rebater insinuações de Bolsonaro de que o Brasil é um dos únicos países do mundo com uma justiça especializada na resolução de conflitos trabalhistas.

Os protestos não receberam apoio da presidência do Tribunal Superior do Trabalho, que encaminhou ofício a todas as Cortes Regionais na sexta, 18, desaconselhando o ‘apoio institucional’ ao movimento.

Para os magistrados que participam do movimento, no entanto, as declarações de Bolsonaro ao SBT  soaram como uma ameaça. “Isso daí, a gente poderia até fazer, isso está sendo estudado. E, havendo o clima, nós podemos discutir essa proposta e mandar pra frente. Nós queremos”, afirmou o presidente da República, no dia 3 de janeiro.

Do Estadão

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