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Javier Milei, recém-eleito presidente da Argentina. (Foto: Reprodução)

O governo Milei já começou com medidas que promovem uma brutal redução do poder aquisitivo dos argentinos. O corte de subsídios multiplica por muitas vezes o preço de tarifas, como a do transporte, gás e eletricidade, e de produtos de primeira necessidade.

Ao mesmo tempo, uma vez que se trata de privatizar tudo, tudo delegar aos mecanismos no mercado, são eliminados serviços públicos e políticas sociais. Nenhuma surpresa: foi o que Milei propôs claramente durante a campanha.

Ele é apelidado de “El Loco”, mas parece que faltou sanidade mesmo foi ao eleitorado argentino.

Comentaristas econômicos do Brasil já estão animados, dizendo que os planos de Milei “podem dar certo”. Certo para quem, cara pálida?

Na Argentina, mais diretos, os jornalistas lambe botas já anunciam alegremente que a solução para os pobres será passar a comer uma vez só por dia.

Fome e frio – com eletricidade e gás dobrando ou triplicando de preço, quem vai conseguir que aquecer no rigoroso inverno argentino?

A festa do ultracapitalismo está começando.

Anarcocapitalistas e assemelhados, como Milei, se proclamam “libertarianos”. Dizem que se guiam pela defesa da liberdade. “Libertad, carajo” é bordão repetido pelo presidente.

O significado desta “liberdade” é desvelado quando se sabe que, ao mesmo tempo em que anuncia medidas francamente nocivas à maioria da população, o governo argentino está colocando o exército na rua para reprimir protestos.

E beneficiários de programas sociais que participarem das manifestações contra o governo terão seus cadastros anulados.
A “liberdade” da extrema-direita sempre foi a liberdade para explorar.

À qual se soma, agora, a liberdade para mentir – por isso a defesa de uma “liberdade de expressão” que consiste basicamente em espalhar deliberadamente desinformação.

Quanto se trata de reprimir manifestações populares ou ação de sindicato, não tem “Estado mínimo”. É força máxima, mesmo.

É o programa de Milei, como era o de Pinochet, como era e é o de Bolsonaro-Guedes.

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. (Foto: Reprodução)

A extrema-direita usa a democracia, mas gosta de ditadura. Enche a boca para falar de liberdade, mas seu projeto é repressão.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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