Amigo dos Bolsonaro, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem empregou ex-seguranças no grupo acusado de orientar a defesa de Flávio Bolsonaro
Amigo dos Bolsonaro, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem empregou ex-seguranças no grupo acusado de orientar a defesa de Flávio BolsonaroPor Redação RBA
Publicado 19/12/2020 – 12h40Valter Campanato/EBCDiretor-geral da agência, Alexandre Ramagem, empregou ao menos cinco integrantes da Polícia Federal (PF), alguns dos quais foram seguranças de Bolsonaro0100
São Paulo – As denúncias de participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na orientação da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas” ganhou novos elementos. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado, o diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem, empregou ao menos cinco integrantes da Polícia Federal (PF), alguns dos quais trabalharam como seguranças do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro na campanha de 2018.
A reportagem informa que, além de Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, estão no comando da agência o delegado da PF Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho. No cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin, é praticamente o braço direito do diretor-geral. Ambos atuaram no Palácio do Planalto logo que Bolsonaro assumiu a Presidência como assessores especiais na Secretaria de Governo.
Facada em Bolsonaro
Outros dois agentes que socorreram Bolsonaro no episódio da facada em Juiz de Fora, Marcelo Araújo Bormevet e Flávio Antonio Gomes, estão na Abin. O primeiro é um militante virtual que puxa o saco dos filhos do presidente. E o segundo deve assessorar a Superintendência da agência em São Paulo. Há mais um agente da PF junto com Ramagem: Felipe Arlotta Freitas.
Outros ex-guarda-costas do presidente foram recompensados com cargos de confiança no governo. O papiloscopista João Paulo Dondelli, requisitado no ano passado para a Presidência, e o agente Danilo César Campetti, que assessora o secretário especial de assuntos fundiários Nabhan Garcia.
Na semana passada, a revista Época publicou reportagem segundo a qual a Abin produziu relatórios para ajudar a defesa de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a publicação, o órgão do governo federal mostrou aos advogados como procederiam para obter documentos capazes de sustentar um pedido de anulação da investigação, que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz.
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