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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaram revoltados com uma charge que mostra um abraço entre duas das personagens mais famosas dos quadrinhos latino-americanos: Mônica, do brasileiro Maurício de Sousa, e Mafalda, de argentino Quino.

A ilustração em questão não foi feita por Maurício de Sousa, mas sim pelo desenhista brasileiro Nando Motta, em 2020, logo após a morte de Joaquín Salvador Lavado, o Quino. A imagem voltou a viralizar nas redes sociais, desta vez, em referência à vitória do ultraliberal Javier Milei nas eleições na Argentina. A ideia, com a frase “vai passar”, era transmitir otimismo ao povo argentino.

“Isentão”, Maurício de Sousa já afirmou em outras ocasiões que não faz política. “Meus personagens são crianças, e criança não mexe com política. A gente não faz ativismo. Tenho que usar o velho recurso da borracha. ‘Apaga.’ Isso é intocável”, afirmou em julho de 2022.

No entanto, em 2019, o ilustrador esteve com Damares Alves, posou para uma foto e participou de um evento para a propaganda oficial. Na época, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos escreveu nas redes: “Hoje recebi o querido Maurício de Souza (sic), criador da Turma da Mônica. Inspiração para mim e tantas crianças, ele veio para ajudar em projetos de proteção à infância. Precisamos resgatar a inocência de nossos pequeninos”.

Nas redes sociais, muitos bolsonaristas se revoltaram com a repercussão da charge. No X, antigo Twitter, Maurício de Sousa acabou nos Trending Topics, mesmo não sendo o autor da ilustração.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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