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O Denúncias apontaram que o ex-juiz Sergio Moro tentou grampear desembargadores do TRF4

Sérgio Moro Sérgio Moro (Foto: Agência Senado )

247, com Blog do Esmael – A investigação da Polícia Federal (PF) que apontou monitoramento ilegal de jornalistas, advogados, políticos e opositores feitos por integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no governo Jair Bolsonaro (PL). Investigadores identificaram mais de 30 mil monitoramentos ilegais de cidadãos brasileiros considerados opositores do bolsonarismo. As revelações da PF também geram outro debate, sobre a necessidade de apuração sobre os grampos feitos na Operação Lava Jato, quando o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) julgava os processos em primeira instância jurídica, em Curitiba (PR). Denúncias apontaram que o ex-juiz tentou grampear desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS), onde são julgados os processos da segunda instância jurídica na Lava Jato. O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli determinou investigações sobre irregularidades cometidas pelo ex-magistrado. 

Em entrevista ao 247, o advogado Roberto Bertholdo confirmou, em setembro, as denúncias feitas pelo empresário Tony Garcia, de que integrantes do Judiciário participaram da chamada “festa da cueca”, com garotas de programa, em Curitiba (PR).Também no mês passado, o jornalista do 247 Joaquim de Carvalho publicou a informação divulgada em primeira mão de que Tony Garcia acusou Moro de parcialidade e ilegalidade na atuação do ex-magistrado e de usar o empresário para investigar desembargadores, juízes e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com Tony Garcia, procuradores da chamada “República de Curitiba” tinham conhecimento da “festa da cueca” envolvendo desembargadores do TRF4-RS. O empresário disse que Moro usou o evento, para chantagear membros do TRF4. O atual parlamentar, supostamente, teria as gravações. A chantagem seria para que magistrados do tribunal atendessem a interesses do ex-juiz.

Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Última Milha” para investigar a utilização irregular do software FirstMile, sem autorização judicial, por servidores da Abin. O contrato para o uso do software de geolocalização começou no final de 2018, ainda durante o governo Michel Temer, com a aquisição do programa FirstMile por R$ 5,7 milhões da empresa israelense Cognyte, dispensando a necessidade de licitação. O software possibilitava o monitoramento de até 10 mil celulares a cada 12 meses, mediante a inserção do número do aparelho.

De acordo com a investigação conduzida pela Polícia Federal, o sistema de geolocalização empregado pela Abin revelou-se como um software invasivo na infraestrutura crítica da telefonia brasileira. O sistema, adquirido com recursos públicos, teria invadido a rede de telefonia em múltiplas ocasiões. Informações preliminares sugerem que outro investigado é Caio Santos Cruz, filho do ex-ministro e ex-aliado do presidente Bolsonaro, general Santos Cruz, que teria atuado como representante da empresa que vendeu o software à Abin.

Os indivíduos investigados poderão ser responsabilizados, de acordo com suas respectivas participações, por uma série de crimes, tais como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei. Cinco diretores da Abin foram afastados, incluindo o Secretário de Planejamento e Gestão da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, em cuja residência foram apreendidos US$ 171,8 mil em espécie

Com informações do Brasil 247

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