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Em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, o candidato ao planalto, Fernando Haddad (PT), afirmou que a trajetória de alta nas pesquisa de intenção de voto – 16% segundo última pesquisa Datafolha – deve-se ao apoio do presidente Lula e igualmente ao projeto que o PT oferece ao país; “A liderança dele [Lula] é mundial. Eu tenho orgulho de contar com a confiança dele. Penso que o PT tem muita força no país”

Em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, no Jornal da Globo, o candidato ao planalto, Fernando Haddad (PT), afirmou que a trajetória de alta nas pesquisa de intenção de voto – 16% segundo última pesquisa Datafolha – deve-se ao apoio do presidente Lula, mas igualmente ao projeto que o PT oferece ao país. Haddadd disse que Lula encara o projeto como ninguém, mas que sua alta nas pesquisas não é um efeito apenas de transferência de votos. “A liderança dele [Lula] é mundial. Eu tenho orgulho de contar com a confiança dele. Penso que o PT tem muita força no país”.

A maior parte das perguntas da apresentadora Renata Lo Prete foram sobre corrupção e sobre o ex-presidente Lula.

Em um dos questionamentos sobre casos de corrupção em seu partido, Haddad expôs que a Justiça no Brasil é “parcial” e que trabalha “com dois pesos e duas medidas”, lembrando casos de tucanos que “não foram para frente”.

“Casos de Aloysio Nunes e outros não foram para frente. Me parece que a Justiça é parcial. Para citar um exemplo, José Serra foi absolvido porque era só caixa 2 e não se investigou a acusação de relação com a Dersa”, exemplificou. A jornalista insistiu perguntando se Haddad considerava as decisões judiciais contra quadros de seu partido como “injustas”, assim como considera a sentença do ex-presidente Lula.

Sobre o caso de Lula, Haddad afirmou que, com sua formação jurídica, pode constatar ao ler e reler o processo que não há provas de que o ex-presidente tenha cometido os crimes pelos quais é acusado, lembrando que o Comitê de Direitos Humanos da ONU tem o mesmo entendimento que o seu. Ele recordou ainda que foi Lula quem fortaleceu os mecanismos de investigação no Brasil e que agora esses mesmos mecanismos estão sendo “afrouxados” pelo governo Temer. “A controladoria-geral da União, por exemplo, não existe mais. Nós vamos retomar a politica de fortalecimento de investigação”, pontuou.

Em um dos poucos momentos da entrevista em que foi perguntado sobre propostas de governo, Haddad falou sobre a reforma bancária que pretende encampar caso seja eleito. Assim como Ciro Gomes (PDT), o petista tem um projeto para limpar o nome das pessoas no SPC, mas atrelado a uma política de controle de juros dos bancos. Neste sentido, o ex-prefeito teceu críticas à proposta do adversário do PDT. “Ciro não propõe reforma bancária, propõe uma solução tópica. Vai tirar as pessoas do SPC e elas vão voltar depois de um ano porque o problema não foi estruturalmente resolvido”, disse. “Nossa proposta é muito mais abrangente”, completou.

O candidato responsabilizou os juros como um dos responsáveis pela “mortalidade do emprego” porque as empresas não têm como honrar os compromissos com os bancos que cobram taxas de juros muito superiores que as do mercado.

Sobre a questão da segurança pública, o ex-prefeito defendeu a descentralização de competências e uma federalização da segurança porque os crimes se nacionalizaram, como no caso das facções criminosas. Haddad disse: “o prefeito tem que participar do planejamento e governo não gosta de ouvir. Eu como prefeito não tinha acesso ao comando da PM”.

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