Governo Lula envia à União Europeia proposta de acordo que inclui defesa da economia nacional · Ouvir artigo
O governo Lula anunciou sua decisão de negociar com a União Europeia (UE) um acordo comercial entre o Mercosul e o bloco europeu. Para prosseguir com as negociações, o Brasil buscará três alterações cruciais nas compras governamentais. Essas mudanças têm o objetivo de proporcionar vantagens significativas para as empresas brasileiras.A primeira exigência do Brasil é que as empresas europeias vencedoras de licitações para fornecimento ao governo brasileiro se comprometam a oferecer contrapartidas, como investimentos no país e transferência de tecnologia. Dessa forma, o país busca estimular o desenvolvimento econômico e tecnológico interno, destaca reportagem do jornal O Globo.
O governo propõe também a adoção de uma margem de até 20% no preço do bem ou serviço em favor das empresas brasileiras durante as disputas de licitação. Isso significa que mesmo com um preço até 20% mais alto que o de empresas europeias, as companhias brasileiras poderão ganhar a licitação, visando fortalecer a indústria nacional.
Por fim, o Brasil almeja estender essas vantagens também para empresas de médio e grande porte do país, não limitando os benefícios apenas às pequenas empresas.
A busca por isonomia entre empresas brasileiras e europeias é um dos principais pontos de discórdia que precisa ser resolvido para que o acordo comercial entre em vigor. O Brasil vê as compras governamentais como um importante instrumento para fortalecer a indústria nacional.
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