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Nelson Santini e Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram fechados, por estatais federais, contratos de R$ 25 milhões que beneficiam um grupo de empresas comandado por Nelson Santini, articulador político e responsável pela segurança privada da campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação é do Metrópoles.

No ano passado, uma das empresas de Santini, a Campseg, foi a única contratada para fazer a segurança da campanha de Tarcísio. Oficialmente, a companhia recebeu R$ 116 mil pelo serviço. Santini é tenente da reserva da Rota, uma espécie de tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP)

As empresas das quais Tenente Santini é dono firmaram contratos, sob a gestão bolsonarista, com a Transpetro, braço logístico da Petrobras, com os Correios e com a Caixa Econômica Federal. Os contratos, no entanto, não aparecem no portal da Transparência do governo federal, uma vez que foram assinados com estatais.

No caso da Transpetro, foram dois contratos, ambos sem licitação e feitos de forma emergencial. Por meio deles, a Campseg, do grupo de Nelson Santini, recebeu mais de R$ 7 milhões de reais nos anos de 2020 e 2021, por proteger trechos por onde passam dutos da companhia em São Paulo.

Nelson Santini e Jair Bolsonaro (PL) durante motociata em São Paulo – Foto: Reprodução

Já na Caixa e nos Correios, os contratos foram feitos no segundo semestre do ano passado, durante a campanha eleitoral. Em setembro, o banco público fez um pregão para a compra de luzes estroboscópicas e alarmes para suas agências. Estavam em jogo cinco lotes.

A Auto Defesa Brasil Tecnologia e Monitoramento de Sistemas Eletrônicos, outra empresa da qual Santini é acionista, ganhou todos. O contrato gira em torno de R$ 6 milhões. Nos Correios, a Auto Defesa ganhou um pregão eletrônico para o fornecimento de alarmes. A ata de registro de preços assinada a partir do processo permite à empresa receber até R$ 12,1 milhões.

Vale destacar também que, neste ano, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo abriu investigação para apurar se a proximidade de Nelson Santini com o governo paulista. Há indícios de que uma das empresas de Santini estaria usando apoio da PM como uma espécie de “reforço” nos serviços privados de vigilância no Porto de Santos, no litoral paulista.

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