O procedimento é legalizado no país desde 2021, virando uma alternativa para as brasileiras
A Argentina virou um dos principais refúgios para mulheres brasileiras que querem abortar, após a legalização do procedimento no país no início de 2021. A Folha de S. Paulo acompanhou a história de mulheres que viajaram até o país vizinho para realizar a interrupção da gravidez de forma segura, em hospitais e acompanhadas por uma equipe médica.
Uma jovem brasileira, identificada como “M”, relatou que engravidou do namorado aos 21 anos, e serem pais não era uma opção para o casal. Ela decidiu pelo aborto, mas queria realizar o procedimento de forma segura e sem riscos. Foi aí que a Argentina surgiu como opção. Após pesquisas na internet, M se deparou com relatos de brasileiras que foram ao país vizinho e realizaram o procedimento.
O casal desembarcou em Buenos Aires e rumou para Rosário, na província de Santa Fé, local que é pioneiro no direito ao aborto. M chegou grávida de 11 semanas e 4 dias e foi enquadrada na interrupção voluntária da gravidez assegurada até as 14 semanas (IVE), quando a mulher pode acessar o procedimento sem precisar se justificar.
O aborto foi realizado numa clínica privada através do AMIU, a aspiração manual interauterina, que dura cerca de 20 minutos. Ela teve o acompanhamento de uma médica, de uma enfermeira e de Bárbara Paiva, uma brasileira que trabalha na clínica e se tornou referência para as brasileiras que vão à Argentina para realizar o aborto. Ela traduz tudo o que a equipe médica diz.
A equipe sugeriu a M a implantação do DIU (dispositivo intrauterino) para prevenir uma nova gravidez. Ela aceitou, e após cerca de 15 minutos, saiu do consultório de mãos dadas com o namorado após agradecer às profissionais.
Com informações do Brasil 247
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