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Balneário Camboriú (SC), Blumenau (SC), Criciúma (SC), Chapecó (SC), São José (SC), Rio do Sul (SC) e Sorocaba (SP) são apontados como municípios que adotavam a prática

Cidade de Balneário Camboriú (Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú/Divulgação)

Prefeituras de cidades de Santa Catarina e São Paulo estão sendo investigadas por expulsar moradores de rua e enviá-los para outros municípios contra a própria vontade. Entre os municípios citados estão Balneário Camboriú (SC), Blumenau (SC), Criciúma (SC), Chapecó (SC), São José (SC), Rio do Sul (SC) e Sorocaba (SP). As pessoas em situação de vulnerabilidade social “ganham” passagens de ônibus e são obrigadas a embarcar por guardas municipais.

Em Santa Catarina, as investigações começaram após a capital do estado, Florianópolis, registrar um aumento significativo no número da população de rua. Ao formar um grupo de trabalho para investigar as causas, o Ministério Público (MP-SC) identificou que ao menos cinco municípios da região transferiam os moradores de rua para fora de seus territórios. Em Balneário Camboriú, cidade conhecida pelo turismo de luxo, essa ação teria ocorrido com o uso da força policial.
Na cidade de São Paulo, funcionários da equipe de acolhimento da prefeitura afirmaram ter notado um crescimento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade provenientes de Santa Catarina. Os municípios do estado que realizam essa prática estão sendo alvos de inquéritos civis para aprofundamento das investigações.
No entanto,  isso não ocorre apenas nas cidades catarinenses. Ouvido pelo jornal O Globo, o ex-motorista Higor de Souza, de 40 anos, relatou ter sido acordado de forma ríspida em um albergue na cidade de Sorocaba. Segundo ele, guardas municipais expulsaram todos que estavam alí e “não eram da cidade”. “A GCM (Guarda Civil Metropolitana) chegou com cachorro, acordando todo mundo e pondo quem não era de Sorocaba para fora, porque (o abrigo) estava muito cheio e eles queriam esvaziar. Me tiraram de lá a contragosto, com a justificativa de que eu não era da cidade. Me senti como se fosse um lixo”, diz Higor.

Com informações do Brasil 247

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