O empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, em uma live de 52 minutos, admitiu nesta quinta-feira (19) que poderá fechar as portas e demitir mais de 22 mil “colaboradores” devido à crise econômica.
Ensaiando rompimento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Véio da Havan previu uma “devastação” com quebradeira de empresas e aumento de emprego. “Vai ser uma tristeza”, disse. “Muito maior que as pessoas possam imaginar”.
Confuso, o ex-bolsonarista acha que há uma “histeria” com o fechamento do comércio. “Nós estamos vendo a derrocada de nosso País, nós vamos viver na miséria”, disse.
“É a maior depressão econômica da história do Brasil. Vamos ter pessoas nas ruas querendo [apenas] uma sopa”, alarmou.
O Véio da Havan não citou diretamente Bolsonaro em quase uma hora de transmissão, porém, em vários momentos, criticou a condução econômica e alertou para a crise.
“Vai morrer mais gente de coração, suicídio, de problema psicológico, do que coronavírus”, previu o empresário.
Para Hang, o efeito na economia vai ser mais devastador que o coronavírus e ele contou que já determinou o cancelamento de todas as propagandas das Lojas Havan.
De fato a recessão já vinha castigando as lojas de varejo antes do coronavírus. As unidades da Havan em Curitiba, por exemplo, estão às moscas devido ao desemprego e a precarização da mão de obra. Ou seja, não há salário, não poder de compra.
Antes de cerrar as portas, o Véio da Havan ameaça cortar os salários dos “colaboradores” pela metade e depois –confirmou– virão as demissões. “Vai ser uma coisa devastadora.”
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