O acirramento da crise política levou três generais a expressarem a insatisfação do setor sobre a influência dos filhos do presidente e sobre a desarticulação política do governo no Congresso. Os generais da reserva Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo (Defesa) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) foram até a Bolsonaro e pediram um “freio de arrumação”. O risco de perda de apoio da ala militar ao governo não está descartado, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
A divulgação dos áudios de Bolsonaro enfureceu a ala militar. O fato de o presidente ficar exposto e a possibilidade de haver outras gravações é considerado um desastre, destaca a reportagem.
Como a crise começou em uma questão partidária, o desvio de fundo eleitoral do PSL, os generais responsabilizam Carlos Bolsonaro a chegada do problema à sala de Bolsonaro e ao governo.
Os militares – segundo a reportagem – nunca aceitaram a intromissão dos filhos políticos do presidente nos assuntos de Estado.
O desgaste político do caso Bebianno disparou a cobrança para o afastamento dos filhos de forma mais direta, e não de maneira sorrateira como antes.
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