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Os 57,8 mil casos registrados até agora só ficam atrás dos notificados no início de 2024, quando houve 112.956 casos prováveis de dengue

O Brasil começa 2025 com o segundo maior recorde de casos de dengue da história. Os números das duas primeiras semanas epidemiológicas ficaram atrás apenas dos registrados no início de 2024. Neste ano, foram confirmadas cinco mortes causadas pela doença, e 69 estão em investigação.

Nas duas primeiras semanas epidemiológicas de 2024, houve 112.956 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2025, foram 57.879. O número representa uma redução de 48,7%, mas, ainda assim, é o segundo maior para o período. No início de 2023, foram 26.978 casos prováveis. Os números são do Painel Arboviroses do Ministério da Saúde.

Os números de 2025 representam uma preocupação para as autoridades em saúde. O motivo é o recente histórico da dengue no Brasil. Em 2023, houve um crescimento que levou ao, até então, recorde histórico da doença: 1,65 milhão de casos prováveis.

Ao fim de 2023, a expectativa era que houvesse redução nos números. No entanto, 2024 terminou com novo recorde: 6,64 milhões. Também foram registradas no ano passado 6 mil mortes. Há, ainda, 831 óbitos em investigação.

Neste ano, os estados com os cinco maiores quantitativos de casos em relação à população são, em ordem decrescente: Acre, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Paraná (veja gráfico). Em números absolutos de casos prováveis, a ordem muda: São Paulo (30.375), Espírito Santo (6.655), Minas Gerais (5.070), Paraná (4.078) e Goiás (2.322) aparecem como os primeiros no ranking.

Ministério da Saúde atribui o cenário atual a um passivo da pandemia da Covid-19. O entendimento é que a paralisação do trabalho dos agentes de endemias, em 2020, ainda se reflete no presente.

O trabalho dos agentes de endemias, explica o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Rivaldo Venâncio da Cunha, passou a ser retomado com o avanço da vacinação contra a Covid-19, mas ainda em um ritmo “relativamente lento”.

“Quando chegamos ao fim de 2023, início de 2024, os índices de infestação pelo mosquito, ou seja, os percentuais de casas com ovos ou larvas do aedes aegypti eram muito altos no Brasil”, contextualiza Cunha. O mosquito transmite dengue, zika e chikungunya.

Para 2025, apesar do início preocupante, inclusive diante de um grande volume de chuvas, o secretário do Ministério da Saúde acredita em um prognóstico otimista para o ano que começa.

“O trabalho dos agentes de controle de endemias tem sido retomado numa velocidade muito intensa, numa qualidade igualmente importante e começa a voltar ao patamar que era antes da pandemia”, afirmou ao Metrópoles.

Ministério amplia uso de estratégias

Além do reforço nas visitas domiciliares, o Ministério acredita que outras estratégias a serem implantadas “em larga escala” vão fazer a diferença. Ambas estiveram em pesquisa por anos e demonstraram eficiência.

Uma das medidas é a instalação de estações de larvicidas. Estas estruturas são dotadas de água com o produto químico e um feltro. Quando a fêmea deposita os ovos, estes não vão se desenvolver. Além disso, as patas da fêmea entram em contato com o larvicida, o que faz com que ela dissemine a substância.

No Brasil, há 11 municípios onde há a aplicação da bactéria wolbachia nas fêmeas do aedes aegypti. Agora, o número será implantado em outras 40 até o fim do ano. A bactéria faz com que a fêmea perca a capacidade de transmitir a dengue, zika e chikungunya. O macho não transmite a doença.

Ameaça à vista

A dengue possui basicamente quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. O tipo 3 não era identificado no Brasil havia mais de 15 anos. No ano passado, ele começou a circular novamente e tem se tornado mais comum. “O retorno desse tipo 3 vai encontrar uma população suscetível, que nunca teve contato com ele, portanto, não tem anticorpos contra o tipo 3”, pontua Cunha.

Atualmente, a vacina contra a dengue está disponível na rede pública para crianças e adolescentes com idade de 10 a 14 anos. O ministério afirma ter comprado todas as doses que foram disponibilizadas pelo fabricante, o laboratório Takeda, neste ano: mais de 9 milhões.

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