
Erika Hilton não tem um dia de paz: A deputada recorreu à Polícia Federal a fim de identificar autores de ameaças de morte que recebeu em suas redes sociais após a publicação de um vídeo defendendo a fiscalização do Pix no Brasil, em resposta ao também deputado Nícolas Ferreira, que atacou a medida defendida pela colega.
É preciso dar nome às coisas para então enfrentá-las, e o que Erika Hilton sofreu e ainda sofre é chamado de violência política, não por acaso vitimando mais mulheres do que homens.
A política é, historicamente, um lugar masculino. Nunca foi, não é e nunca será fácil penetrar nesse ambiente sem sofrer graves consequências.
No documentário “Eleitas”, disponível no YouTube, mulheres políticas latinoamericanas compartilham suas experiências horríveis por conta da tentativa feminina de galgar o próprio caminho na vida pública.
A perseguição às mulheres não é um acaso, tampouco ocorre apenas no Brasil: é uma questão que envolve diretamente todas as mulheres latinoamericanas.
De assédio sexual à execução – Marielle vive! -, o filme desnuda a luta sangrenta das mulheres por seu espaço na política, em pleno século XXI.
Se ser mulher na política não é fácil, ser mulher trans é ainda pior.
Erika sabe disso.
Não acionou a polícia por estratégia ou ego: ela simplesmente sabe que sua vida, no Brasil, vale muito menos apenas por ser transexual.
Ameaças de morte a mulheres que ousam lutar por igualdade também não é uma novidade.
Lola, pioneira do blog “escreva, Lola, escreva” já recebeu diversas ameaças de morte apenas por ser feminista. Marielle foi executada apenas por fazer bem o próprio trabalho (e por ser uma mulher preta, claro).
Muitas outras mulheres ao redor do mundo lutam contra esses e outros tipos de violência.
As mulheres nunca tiveram, na história da humanidade, nenhuma concessão. Tudo que temos é fruto de muita luta das que vieram antes.
É preciso portanto dizer que as ameaças à Erika Hilton não são um caso isolado, mas sintoma de uma sociedade, sobretudo na América Latina, que odeia mulheres e não aceitam que tenham qualquer poder de decisão.
Agora, resta-nos observar se o Estado de fato protegerá a deputada ou se ela terá, lamentavelmente, o mesmo destino de Marielle Franco.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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