Em entrevista à TV 247, o estudioso afirmou que a força-tarefa da Lava Jato foi desenvolvida nos Estados Unidos com o objetivo de desmantelar a indústria nacional. Assista
O jurista Fernando Fernandes afirmou, durante entrevista à TV 247, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “tem absoluta razão” ao condenar os métodos ilegais de investigação usados por integrantes da Operação Lava Jato, entre eles a colaboração clandestina com autoridades estadunidenses.
‘A Lava Jato ajudou os EUA a fazer com que a Petrobrás pagasse bilhões lá, beneficiando a República de Curitiba. A força-tarefa da Lava Jato foi desenvolvida nos Estados Unidos’, afirmou Fernandes.
O estudioso citou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021. O jurista também mencionou o ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF-PR).
‘Moro trocava ofício com a Embaixada americana, criava empresa falsa… Ele foi fazer um curso em Harvard com Dallagnol, e depois da Lava Jato foi aos EUA, até sendo homenageado lá’, afirmou, citando ainda a entrega de documentos sigilosos da Petrobrás a Washington.
Ele, que é autor de Geopolítica da Intervenção, detalhou como os EUA rebuscaram sua forma de intervenção, passando a usar também o Judiciário, e não somente meios militares. ‘Há um telegrama da Embaixada americana no Brasil falando de um encontro que cita nominalmente o Moro, dizendo que é incrível como os juízes federais se comportam contra o governo’, relatou.
Segundo Fernandes, as acusações da mídia de que Lula não teria provas do que diz são falsas, uma vez que a Vaza Jato comprovou a interferência dos EUA nos assuntos nacionais.
‘A Vaza Jato trouxe diálogos deles com os procuradores americanos, que eram recebidos clandestinamente no Paraná, entregando aos EUA documentos sigilosos e secretos sobre a Petrobrás’, afirmou.
Segundo uma das mensagens publicadas pela Vaza Jato em 2019, o então procurador Deltan Dallagnol afirmou, em um diálogo com o então juiz Sergio Moro, que certos detalhes da operação podem “depender de articulação com os americanos”.
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