O ministro da Educação, Abraham Weintraub, estimou em 6 mil o número de pessoas afetadas por erro na correção da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. De acordo com ele, o impacto é “baixo” e as notas serão corrigidas ainda nesta segunda-feira (20). As informações são do G1.
“Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas”, afirmou Weintraub, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo o ministro, o erro ocorreu na impressora da gráfica Valid Soluções S.A, responsável pela diagramação, manuseio, embalagem, rotulagem e entrega aos Correios dos cadernos de provas.
Weintraub contou que a máquina “dava umas engasgadas” durante a impressão e isso gerou o descolamento da prova com o gabarito. “Aparentemente não foi uma coisa de má-fé, foi um acidente, coisa que acontece. Não depende da minha avaliação. A gente vai ver legalmente o que acontece”, disse.
O ministro explicou ainda que o erro foi identificado a partir de estatísticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela produção e correção da prova.
Segundo ele, alguns candidatos apresentaram notas altas no primeiro dia e resultados baixos no segundo. “Não faz sentido uma pessoa gabaritar no primeiro dia e no segundo ela tirar zero”, disse o ministro.
No domingo (20), uma força-tarefa do Ministério da Educação foi montada para identificar os problemas. Além disso, o ministro disse que ao menos 200 mil candidatos pediram revisão das notas pelo e-mail enem2019@inep.gov.br.
O ministro descartou mais uma vez a possibilidade de atrasar o prazo de abertura para inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O desempenho no Enem é critério para concorrer no sistema que oferece 237 mil vagas em universidades federais em todo o país. O período de inscrições foi mantido: vai de terça-feira (21) a sexta-feira (24).
Além do Sisu, a nota do Enem pode ser usada na seleção de outras universidades, incluindo instituições em Portugal, e também em programas de apoio do governo – como o Prouni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares, e o Fies, que financia o pagamento de mensalidades.
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