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Professores e estudantes do estado de São Paulo se posicionam a favor do direito de Lula concorrer a eleição. “Hoje é o Lula, amanhã pode ser com qualquer um de nós”, afirma a presidenta do sindicato

Menos de 24 horas depois do grande atoocorrido na Casa de Portugal, região central de São Paulo, em apoio ao direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato à Presidência da República, desta vez foram os docentes que se manifestaram em defesa da democracia e do ex-presidente, reunidos na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

“O julgamento de Lula é um problema de todos nós que lutamos pela democracia”, afirma a presidenta da entidade, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel. Destacando a importância dos educadores mostrarem qual seu papel na atual conjuntura política, Bebel disse ser difícil estar “pretensamente” vivendo em um Estado de direito, mas sem democracia. “Se não fizermos essa luta, se o princípio da democracia não estiver assegurado para todos, hoje é o Lula, mas amanhã pode ser com qualquer um de nós.”

O ato contou com a participação do músico e compositor Chico César, que iniciou sua participação cantando Beradêro, um clássico do seu repertório, e seguiu com Negão; Respeitem meu cabelos, brancos e À primeira vista, até encerrar com Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré. O artista, que na noite anterior também esteve no ato na Casa de Portugal, se disse feliz por estar na luta pela democracia e elogiou a atitude dos professores de São Paulo de estarem na defesa do direito de Lula se candidatar.

A canção imortalizada por Vandré em 1968 fez a ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Eleonora Menicucci voltar ao passado. “É duro, aos 73 anos, estar cantando essa música novamente. Nossa geração deu o sangue pela democracia e é duro perceber que estamos à beira do que aconteceu com o AI-5, em 1968”, ponderou. “Defender o direito de Lula ser candidato, é defender a democracia até que ela esteja consolidada, porque não está.”

A ex-ministra ainda propôs uma moção de apoio à senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que nos últimos dias “têm sido agredida de forma violenta, machista e misógina” pela imprensa tradicional e parte do Judiciário.

Já o presidente estadual do PT, Luiz Marinho, reforçou a ideia de que não é apenas o direito de Lula ser candidato que está em jogo, e sim o direito do povo votar. “Querem impedir o direito do povo eleger quem ele quer para governar. Queremos ter liberdade para votar livremente”, destacou.

Na próxima quarta-feira (24), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, julgará recurso de Lula, condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e meio de prisão, pela suposta posse de um apartamento tríplex em Guarujá, litoral sul paulista.

por Redação RBA