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“Foram apenas 42 dias entre a condenação em primeira instância e o início da tramitação na segunda instância. Serão apenas seis meses de intervalo entre o injusto julgamento do juiz Sérgio Moro e o julgamento do Tribunal Regional da 4ª Região. Um tempo recorde, uma celeridade jamais vista na história da Justiça brasileira, na história da Operação Lava Jato. E justamente contra o réu sobre o qual pesam as acusações mais frágeis e inconsistentes”, afirmou Wagner, em sua página no Facebook.
O ex-ministro disse que contra Lula “não tem mala, não tem vídeo, não tem prova”, mas só “o desejo raivoso, o desespero dos que querem a todo e qualquer custo acabar com sua carreira política, transformando a eleição de 2018 em uma fraude”.
“O desespero dos que, apesar da perseguição ininterrupta, dos ataques e das injustiças cometidas diuturnamente, não conseguem apagar o fato de que Lula é o maior líder popular da nossa história e o único candidato que continua crescendo pesquisa após pesquisa, com chances reais de vencer a disputa já no primeiro turno”, afirmou Wagner. “É a segunda fase do golpe. Primeiro eles tiraram Dilma Rousseff. Agora, querem tirar Lula pra que possam seguir destruindo direitos, conquistas e sonhos. Não podemos permitir. É preciso lutar, denunciar e resistir.”
Dilma
Em sintonia com Wagner, a ex-presidente Dilma Rousseff disse que o julgamento contra Lula é a segunda fase do “golpe” — a primeira foi seu impeachment, no ano passado.
“Interditar Lula é casuísmo. Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia”, afirmou a ex-presidente, também em sua página no Facebook.
Na avaliação da ex-presidente, uma eventual condenação de Lula e o impedimento de sua candidatura presidencial comprometerão a democracia e o funcionamento das instituições.
“O mesmo tribunal que acaba de marcar a data do julgamento do recurso de Lula em tempo recorde, mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do recurso do senador tucano Eduardo Azeredo, condenado em primeira instância”, afirmou Dilma. “O mesmo tribunal que está examinando o recurso de Lula na metade do tempo dos julgamentos mais rápidos que já realizou, marcou uma sentença para o dia 24 de janeiro, na primeira sessão após o recesso de fim de ano”, disse a ex-presidente na rede social.