De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), índice de desmatamento na Amazônia é o menor em nove anos
Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), o momento é de celebração dos avanços e de reforçar a importância de proteger os biomas nacionais diante das ameaças crescentes
Na 4ª Reunião Ordinária da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, realizada na quarta-feira (18), foram divulgados dados que evidenciam uma expressiva redução no desmatamento dos biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia. Os números refletem o empenho e comprometimento do governo Lula na implementação de políticas públicas eficazes de combate à devastação ambiental, diferentemente do governo bolsonarista.
De acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento no Pantanal entre agosto e novembro de 2024 foi reduzido em 77,2% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 146,15 km². No Cerrado, a queda foi de 57,2%, com 818 km² desmatados. Já na Amazônia, o período de agosto de 2023 a julho de 2024 registrou uma redução de 30,6%, alcançando o menor índice dos últimos nove anos.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que os resultados refletem a eficácia dos planos de prevenção e controle do desmatamento: “Os números mostram que estamos no caminho certo, mas o desafio de alcançar o desmatamento zero ainda exige esforços contínuos.”
Governo Lula
O secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, Saulo Dias, também celebrou os avanços. “Apesar de todo o trabalho árduo, tivemos reduções significativas: quase 80% no Pantanal e 60% no Cerrado. Ainda estamos longe da meta de desmatamento zero, mas esses números demonstram o compromisso do governo Lula com o meio ambiente, a sustentabilidade e a transição energética”, afirmou Dias.
Entre as ações destacadas, estão o fortalecimento da fiscalização por meio do uso de tecnologias avançadas, como satélites e drones, além da integração de órgãos como Ibama, ICMBio e Força Nacional.
A queda no desmatamento também foi comemorado pelo deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), que a classificou como prova irrefutável do compromisso do governo Lula com a preservação ambiental e o futuro sustentável do Brasil.
“Esses resultados históricos mostram que, sob a liderança do presidente Lula, com sua visão estratégica, e o trabalho incansável da ministra Marina Silva, é possível enfrentar o desmatamento de forma eficaz e responsável”, afirmou o parlamentar.
Tatto reforçou que os avanços são frutos de políticas públicas bem articuladas, que incluem o retorno de uma fiscalização rigorosa, com plena liberdade de atuação para agentes e órgãos ambientais, além do compromisso claro do governo federal rumo ao desmatamento ilegal zero, como prometido pelo presidente Lula.
“Estamos provando que o desenvolvimento econômico pode caminhar lado a lado com a proteção ambiental. O Brasil está se posicionando novamente como um líder global no combate à crise climática, colocando essa agenda como prioridade central”, disse.
Protagonismo do Brasil
A menos de um ano da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil, o país está resgatando seu papel de protagonismo na agenda ambiental global. Mesmo diante de pressões de setores que buscam desregulamentar leis de proteção ambiental, os avanços obtidos demonstram o potencial do Brasil em equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
O deputado Nilto Tatto destacou ainda que, apesar das pressões sofridas pelo Ministério do Meio Ambiente, os resultados obtidos até aqui são significativos. “Creio que números ainda melhores virão com o trabalho do nosso presidente Lula”, afirmou. Para Tatto, o momento é de celebração dos avanços e de reforçar a importância de proteger os biomas nacionais diante das ameaças crescentes.
Novos planos de ação
Durante a reunião, foram lançados dois novos planos de prevenção: o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas na Caatinga (PPCaatinga) e o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Pantanal (PPPantanal).
Essas iniciativas se somam aos planos já existentes para a Amazônia (PPCDAm) e Cerrado (PPCerrado), e agora abrangem quatro biomas prioritários.
Ambos os planos foram estruturados com base em evidências científicas e consultas públicas, priorizando estratégias como práticas agrícolas sustentáveis, regulamentação da supressão de vegetação e incentivo à bioeconomia.
Desmatamento zero
O conceito de desmatamento zero adotado pelo governo Lula não implica na total eliminação de atividades, mas sim na erradicação do desmatamento ilegal e na compensação pelas emissões de gases de efeito estufa.
Para isso, iniciativas como o Fundo Amazônia e a Estratégia Nacional para REDD+ têm sido essenciais no financiamento de projetos sustentáveis.
As quedas significativas nas taxas de desmatamento representam um marco na preservação dos biomas brasileiros. A combinação de monitoramento avançado, políticas públicas eficazes e parcerias entre governos e sociedade civil resultam na conquista histórica.
Com metas ambiciosas, como o desmatamento zero até 2030, o governo Lula sinaliza um futuro onde desenvolvimento econômico e preservação ambiental caminham lado a lado.
De acordo com o MMA, o governo Lula tem intensificado suas ações para combater o desmatamento em todos os biomas brasileiros.
As iniciativas combinam estratégias de comando e controle, como fiscalização e monitoramento por satélite, com o fomento a atividades e o ordenamento territorial. O objetivo central é reduzir drasticamente o desmatamento e promover um modelo de desenvolvimento econômico que valorize a floresta em pé, e alcançar o desmatamento zero no Brasil até 2030.
Causas do desmatamento nos Biomas
No Pantanal, as principais causas do desmatamento incluem:
-Substituição da vegetação nativa por espécies exóticas para expansão da pecuária;
– Supressão da vegetação nativa para expansão da agricultura;
– Exploração de recursos minerais;
– Dificuldades em determinar a legalidade do desmatamento no bioma;
– Predominância de áreas privadas, dificultando a governança ambiental.
Na Caatinga, os principais fatores de desmatamento abrangem:
– Substituição da vegetação nativa por espécies exóticas para expansão da pecuária e da agricultura;
– Uso da vegetação nativa como fonte de energia;
– Instalação de empreendimentos energéticos (eólicos e solares);
– Exploração de recursos minerais.
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