Parlamentar esteve em almoço com jornalistas e evitou comentar a decisão da Suprema Corte sobre as emendas de relator, que causou baque no Congresso Nacional
Após sofrer um importante revés com a derrubada do orçamento secreto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19), o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, afirmou que a Casa “continuará trabalhando pela estabilidade do país” e que a votação da PEC da Transição está mantida para esta terça-feira (20), informa a CNN Brasil.
O parlamentar esteve em almoço com jornalistas e evitou comentar a decisão da Suprema Corte sobre as emendas de relator e o orçamento secreto.Playvolume
Em relação à possibilidade de o novo governo Lula (PT) editar uma Medida Provisória para assegurar a verba necessária à ampliação do Bolsa Família, de R$ 400 a R$ 600, o presidente da Câmara afirmou à GloboNews que isso é “absolutamente desnecessário.”
“Eu acho que é absolutamente desnecessário. Os diálogos estão sendo francos. A nossa vontade está explícita em ajudar, sem abandonar aliados antigos e acrescentando os novos aliados na construção de um teto que seja melhor para o Brasil. Essa possibilidade de medida provisória calçada em consulta talvez no TCU ou no Supremo não deverá ser o melhor caminho, não é o melhor caminho”, afirmou.
Segundo ele, a opção por uma medida provisória produzirá “resultados abaixo dos que a PEC pode dar.” Lira acrescenta que “saliva, conversa, diálogo, cooperação, sinceridade e franqueza nas conversas, elas sempre produzem mais. Foi isso que nos acostumamos a fazer durante os dois anos que convivemos. Sem nenhum tipo de chantagem. sem nenhum tipo de extorsão, sem nenhum tipo de fisiologismo.”
O deputado tem uma reunião de emergência nesta tarde com líderes partidários para discutir caminhos para a votação da PEC e os próximos passos após o fim das emendas de relator. A CNN ainda informa que, mesmo após a decisão do STF, os congressistas não abrirão mão dos recursos.
“O Congresso Nacional não pretende liberar o dinheiro para gestão do Poder Executivo e encontrará uma alternativa para que a execução continue com o Legislativo. Além das emendas que vem sendo pagas este ano, os recursos já estavam reservados no orçamento para o próximo ano”, diz a reportagem.
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