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Lideranças da oposição na Câmara dos Deputados exigiram do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a imediata instalação da CPI da Vaza Jato para investigar denúncias de irregularidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato. Apesar das 175 assinaturas (quatro a mais do que necessário) no requerimento de criação, até o momento o colegiado não foi instalado.

Parlamentares estão sendo pressionados para retirarem as assinaturas, mas regimentalmente isso não pode ser feito depois que a secretaria-geral da Mesa recebeu o documento.
A vice-líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal (BA), apresentou uma questão de ordem durante sessão plenária da Câmara para cobrar a instalação da CPI.

“O Brasil aguarda respostas de tudo o que foi revelado pelo site The Intercept Brasil, fatos certos e determinados de um ardil cometido pelos procuradores da Laja Jato e pelo ex-juiz Sérgio Moro, que hoje é ministro do governo que ele ajudou a eleger, quando de maneira ilegal e suspeita coibiu de liberdade o candidato que seria vencedor, o ex-presidente Lula. Peço ao senhor presidente que acolha minha questão de ordem e instale imediatamente esta comissão”, disse a deputada.

Alice destaca que a CPI vem ao encontro do desejo da sociedade por uma justiça imparcial e que irá investigar de forma isenta a violação de princípios constitucionais por parte dos procuradores da operação e do ex-juiz Sérgio Moro.

Os arrependidos

O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), criticou o que ele chamou de “epidemia de parlamentares arrependidos” de terem assinado uma CPI para investigar denúncias sobre a conduta de promotores e de juízes que eventualmente, no exercício de suas funções, tenham agido de forma ilegal.

“A partir de um determinado momento esse grupo de deputados e deputadas se acovardaram diante, não sei se da pressão, não sei se do medo, e começaram, de forma patética, a responsabilizar a Deus e o mundo pelas suas assinaturas”, afirmou.

“Eu não li! Eu fui enganado! Eu li errado! Eu estava sem óculos! Eu estava apressado!”, isso é patético disse o parlamentar. Segundo ele, esses parlamentares deveriam ter coragem de ir à tribuna e dizer que levou um “treme” e que está com medo, que me acovardei e quero tirar a assinatura.

“Mas não fazer esse papelão! Não fazer esse papel ridículo de querer alegar que não sabiam o que estavam assinando, que foram ludibriados, até porque vários desses parlamentares até pouco tempo atrás ocupavam as tribunas para gritar ‘Quem não deve, não teme! Todos têm que ser investigados!’. Qual é o medo agora?”, provocou.

Da redação com assessorias

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