Investigadores dizem ter provas suficientes e que depoimento de ex-ajudante de ordens “não acrescenta em nada”
De acordo com investigadores que trabalham no inquérito sobre a venda das joias sauditas recebidas pelo governo Bolsonaro, não há nenhum interesse da Polícia Federal (PF) na confissão do tenente-coronel Mauro Cid. A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
“Essa confissão que ele quer fazer não acrescenta nada ao que já sabemos. As provas que reunimos já mostram que ele vendeu o relógio e que fez isso por determinação do ex-presidente”, diz um investigador envolvido no caso. “Se for para confessar o que a PF já sabe, melhor ele esperar para tentar usar a confissão no julgamento e reduzir a pena.”
Vale destacar que o advogado criminalista Cezar Bitencourt, que assumiu nesta semana a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), já deu duas versões diferentes para a venda das joias sauditas.
Na última quinta-feira (17), Bitencourt disse à revista Veja que o militar confessaria a negociação de joias subtraídas do patrimônio da Presidência sob ordens de Bolsonaro. No entanto, na sexta-feira (18), ele afirmou que Cid operou a venda de apenas um relógio da marca Rolex.
Bitencourt também afirmou na entrevista que o tenente-coronel pretende prestar um novo depoimento à PF, mas os investigadores ainda não receberam nenhum contato da equipe do ex-ajudante de ordens do ex-mandatário.
A PF, entretanto, afirmou não ter “nenhuma pressa” de ouvir nem Mauro Cid filho e nem o pai, general Lourena Cid. A ideia da corporação é ouvir os envolvidos no caso só quando as perícias nos celulares apreendidos e outras diligências já tiverem terminado.
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