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Ato da CUT. Foto: Victor Moriyama/Getty Images

É preciso sair às ruas, contra as privatizações, o desemprego e pelo fim do regime golpista

Incia-se o quinto dia de manifestações de rua pelo Fora Bolsonaro em todo o país. Com o chamado realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) da paralisação nacional dos servidores públicos, foi aprovado no dia 30 de julho na Frente Fora Bolsonaro, a proposta feita pelo Partido da Causa Operária (PCO), de unificar o dia 18 com o calendário de manifestações pela derrubada do regime golpista.

Dessa maneira, manifestações estão marcadas para ocorrer em todas as regiões do país, marcando um avanço da mobilização por parte dos trabalhadores, e um caráter mais à esquerda dos atos, que contam com uma série de revindicações populares, de defesa da classe operária, que vão além da luta pelo Fora Bolsonaro. Neste mesmo sentido, estes atos correspondem a uma evolução da situação política, ao mesmo tempo em que evidenciam a política cada vez mais à direita dos defensores da frente ampla.

Um boicote criminoso

Ao passo que nas manifestações do dia 3 e 24 de julho os principais partidos representantes da frente ampla na esquerda, como o PCdoB, se lançaram em uma política de cobertura dos partidos da direita golpista nas manifestações, como o PDT, e principalmente o PSDB, os campos políticos da luta contra Bolsonaro ficaram bem mais definidos.

Se de um lado estava o Bloco Vermelho nas ruas, com PCO, PT, CUT e todos aqueles que efetivamente lutam contra o regime golpista, do outro aparecia de maneira mais clara o verde e amarelo, a direita e o próprio golpe infiltrado em alguns setores do movimento, com a intenção de tomar de assalto as manifestações e converter a luta popular em uma artificial “base popular” de sustentação de uma candidatura de terceira via, como João Doria do PSDB.

Esta política de frente ampla evoluiu, e no dia 24 o PCdoB se aliou oficialmente com o PSDB e formou o chamado “Bloco Democrático”, que consistia no chamado de uma manifestação à parte da convocada nacionalmente, e em defesa da candidatura da terceira via. Agora, com o dia 18 sendo convocado pela CUT e com um claro programa de luta por de trás, que consiste na luta dos servidores públicos contra a reforma administrativa, na luta contra a privatização dos Correios e da Eletrobras, todas as revindicações contrárias aos interesses tanto de PDT como PSDB, que votaram a favor da política de Bolsonaro, estas organizações passaram a realizar um duro boicote ao movimento.

PSOL, PCdoB, entre outros, são partidos da pequena burguesia que se unificam cada vez mais em torno desta política direitista. Todas estas organizações perceberam que por meio da mobilização popular a política de frente ampla jamais predominaria. Nas manifestações, desde o primeiro momento era visível o claro descontentamento dos presentes com a presença do verde e amarelo e da defesa da aliança com o suposto setor “democrático” da burguesia brasileira. Com o fracasso dessa manobra nos atos, visto na baixíssima adesão ao Bloco Democrático em São Paulo, a esquerda frente-amplista entendeu que a única maneira de fazer esta política evoluir é acabando com as manifestações e levando a luta política a um mero terreno de alianças por cima, visando as eleições.

O problema da mobilização

Todos estes partidos citados sozinhos jamais poderiam desmobilizar um movimento, pois eles na prática não são responsáveis por mobilizar ninguém. Contudo, esta política direitista contou com a vacilação das direções do PT e da CUT, as principais frentes de mobilização da classe trabalhadora, que veem de maneira equivocada estas organizações como potenciais aliadas na luta política contra o regime golpista.

Esta postura possibilitou um profundo boicote às manifestações deste dia 18, fazendo com que muitos dos mais de 500 atos ocorridos no dia 24 sequer fossem marcados, que a convocação fosse a mais residual possível e que a confusão imperasse no movimento.

A postura da Frente Fora Bolsonaro, parcialmente dominada pelas direções frente-amplistas, foi decisiva para esta confusão no interior do movimento. As direções confundem os militantes, mudam os locais dos atos, como em São Paulo, que deixará de ser na Avenida Paulista e passará a ser na Praça da República, de maneira totalmente arbitrária. Toda esta política vem a favorecer apenas os interesses do regime golpista e da política da terceira via.

Por outro lado, mesmo que o boicote seja intenso, a radicalização na classe operária é cada vez maior. Em várias regiões, os trabalhadores dos Correios vêm anunciando estado de greve contra a privatização da empresa, outras categorias adotaram na última semana a mesma política, na medida em que o dia 18 se aproximava. A tendência é que este movimento operário cresça ainda mais com o desenvolvimento da manifestação, pois independentemente do apoio integral ou não da esquerda, os trabalhadores sairão às ruas neste dia 18, em um movimento mais à esquerda do que nunca contra o regime golpista, e com diversas revindicações populares.

A classe operária cada vez mais à esquerda

A crise política no país só aumenta à medida em que se aproximam as eleições. A classe trabalhadora encontra-se ainda mais radicalizada após os inúmeros ataques brutais anunciados pelo governo golpista contra a população. Inflação, genocídio na pandemia, fome, desemprego e privatização, são os principais problemas enfrentados pela população pobre, esmagada no Brasil.

É este setor que estará nas ruas no dia de hoje, barrando a política de frente ampla e levando o movimento à esquerda contra o regime golpista. É por isso que o Partido da Causa Operária (PCO) vem desde o dia 30 em uma intensa campanha de mobilização para estas manifestações, realizando panfletagens, campanha de agitação nas categorias e buscando levar o movimento às ruas. Pois, é apenas dessa maneira, ou seja, na aliança com os trabalhadores, que a mobilização poderá evoluir.

Este problema fica perceptível após o boicote daqueles que defendem a frente ampla: a aliança com a direita não desenvolve, mas sim destrói o movimento. Apenas a mobilização dos trabalhadores, a frente única da esquerda com a classe operária, que poderá por abaixo o regime golpista. Sendo assim, neste dia 18, é preciso sair às ruas de todo país, denunciar o boicote e levar à frente a luta por Fora Bolsonaro e todos os golpistas.

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