Segundo a PF, o telefone de Filipe Martins foi entregue bloqueado e sem senha, sendo necessários “novos procedimentos” para acessar o conteúdo
247 – A Polícia Federal (PF) comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não conseguiu extrair dados do celular de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro (PL). O ministro havia solicitado que a corporação comprovasse a “efetiva utilização” do dispositivo no final de 2022. Segundo o jornal O Globo, em um ofício enviado ao STF nesta quinta-feira (18), a PF informou que o telefone apreendido foi entregue bloqueado e sem senha, sendo necessários “novos procedimentos” para acessar seu conteúdo.
Martins tenta provar que não utilizou um avião do governo brasileiro para burlar o sistema migratório dos Estados Unidos durante o mesmo período. A operadora de telefonia Tim já forneceu ao ministro a geolocalização do aparelho, indicando que o ex-assessor esteve no Paraná e em Brasília.
O documento foi anexado ao inquérito que investiga Martins. Ele foi preso preventivamente em 8 de fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta organização criminosa que teria tentado manter Bolsonaro no poder através de um golpe de Estado. Segundo o inquérito, a trama envolvia a entrega de uma minuta e a preparação para um golpe de Estado “com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em ambiente politicamente sensível”.
De acordo com a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Martins teria elaborado a minuta golpista após o resultado das eleições de 2022, que previa a prisão de Alexandre de Moraes e uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a PF, o ex-assessor esteve no Palácio do Alvorada nos dias 18 de novembro e 16, 20 e 21 de dezembro de 2022.
Com informações do Brasil 247
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