Grupo que foi extinto durante o governo Bolsonaro teve suas atividades retomadas para localizar restos mortais de vítimas da ditadura militar
247 – O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que a reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos pelo governo Lula não enfrentará resistência das Forças Armadas, desde que a iniciativa seja tratada como uma causa humanitária e não um palco de “embates ideológicos”, destaca o jornal O Globo. A comissão tem como objetivo principal localizar e devolver os restos mortais das vítimas do regime militar às suas famílias.
“Não tem o menor problema. Desde que não seja um debate ideológico, e sim uma causa humanitária, não tem problema. Vamos cooperar”, declarou Múcio, reforçando a importância de “devolver os mortos às suas famílias”.
A comissão, que entre suas atribuições inclui emitir pareceres sobre indenizações e mobilizar esforços para localizar restos mortais, foi uma demanda de grupos de direitos humanos e militantes da esquerda. Contudo, sua reinstalação foi adiada pelo governo Lula devido ao temor de provocar tensões com as Forças Armadas. A previsão é que uma conferência em Brasília marque o retorno oficial dos trabalhos no próximo mês.
A comissão será composta por sete membros, incluindo representantes do Ministério Público, da sociedade civil e do Ministério da Defesa, e será presidida novamente pela procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga, afastada durante o governo Bolsonaro. Múcio escolheu Rafaelo Abritta, chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais da Defesa, como representante da pasta. “Um excelente nome”, avaliou o ministro.
Criada em 1995 pelo governo Fernando Henrique Cardoso, a comissão foi extinta por Jair Bolsonaro a 15 dias do fim de sua gestão. Na época, a decisão foi aprovada por 4 a 3, com votos contrários da ativista Diva Santana, da psicóloga Vera Paiva e do procurador Ivan Marx, que agora retornarão ao grupo. A nova composição inclui ainda a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), Rafaelo Abritta, e a professora universitária Maria Cecília Oliveira Adão, representando a sociedade civil.
Um dos principais objetivos será retomar a identificação de ossadas descobertas na Vala Clandestina de Perus, em São Paulo, local usado pelos militares para esconder os corpos de opositores do regime.
Com informações do Brasil 247
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.